Início » Cultura » Bienal das Amazônias vai reunir mais de 120 artistas em Belém
Bienal das Amazônias vai reunir mais de 120 artistas em Belém
Uýra Sodoma, um dos artistas participantes da Bienal das Amazônias (Reprodução/Instagram/@uyrasodoma)
Compartilhe:
17 de julho de 2023
Daleth Oliveira – Da Revista Cenarium
BELÉM (PA) – A partir do dia 4 de agosto, 121 artistas da Pan-Amazôniae da Guiana Francesa ocuparão espaço de 7,6 mil metros quadrados em Belém, capital do Pará, na primeira edição da Bienal das Amazônias. Com o tema “Bubuia: Águas como Fonte de Imaginações e Desejos“, a mostra abrirá suas portas com um corpo curatorial coletivo composto, exclusivamente, por mulheres, intitulado “Sapukai”.
A curadora Vânia Leal explica que os artistas foram cuidadosamente selecionados para garantir a representatividade de todos os povos que compõem a Pan-Amazônia. “A lista foi construída olhando para uma Amazônia profunda, que tem a perspectiva de que não existe uma produção amazônica e sim um rizoma de multifacetadas individualidades. Olhar por este caminho traz um projeto de discussão sobre a Amazônia, que leva em conta atores geopolíticos e suas pluralidades culturais. Meu olhar sobre os percursos curatoriais superou fronteiras legais com um compromisso com o contexto amazônico”, afirma.
Bienal e diversidade
A curadora Keyna Eleison destaca que as obras escolhidas refletem histórias individuais e coletivas dos artistas, além de trajetórias artísticas bastante diversas. “Vai ser possível observar como as particularidades das obras conversam entre si. Essa lista de artistas constrói vários movimentos nesse sentido, várias personalidades nesse lugar, então, ela não tem uma definição fixa, está no movimento em si. É uma forma complexa e muito sofisticada de imaginar uma coletividade de trabalhos a serem apresentados num espaço. Não só num espaço como numa cidade, como em todo um território, que não é só um simples território, mas um território marcado pela água”, garante.
PUBLICIDADE
Apresentação
A Bienal pretende apresentar caminhos produtivos de artistas que têm experiências em diferentes lugares como campos, rios e florestas, além de vivências com povos diversos. “As características são diversas e ora se aproximam, ora se distanciam, porque os trabalhos dos artistas acontecem no plano individual, mas desdobram-se em visões diversas da cidade, narrativas e culturas populares urbanas que atravessam múltiplas produções identitárias que são fortalecidas a partir de um olhar de dentro para fora, numa produção simbólica por meio de linguagens diversas”, detalha Vânia Leal.
Keyna ainda ressalta que a Bienal busca romper com ideias convencionais, trazendo uma exposição de arte que desafia as percepções tradicionais. “As cosmopercepções, as soluções e as cosmovisões dos artistas conversam entre si. No entanto, esta é uma exposição que deseja trazer uma não conformidade em relação ao que a gente vê no encontro com a arte, mas, mesmo assim, não deixa de ser uma exposição de arte”, finaliza.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.