Bolsonarista, presidente da CCJ da Câmara quer acabar com cota feminina na política

A deputada federal Caroline de Toni (Reprodução/Câmara dos Deputados)
Jefferson Ramos – Da Revista Cenarium

MANAUS (AM) – A recém-eleita presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputada Caroline de Toni (PL-SC) é autora de projeto de lei que propõe o fim da cota feminina nas eleições. Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, de Toni reforçou a necessidade da aprovação do PL apresentado por ela em 2020.

Atualmente, existem dois tipos de cotas. Uma que assegura 30% das vagas para mulheres em candidaturas nos partidos e outra que garante 30% do fundo partidário para bancar candidaturas de mulheres nas eleições. Mesmo com essas cotas, as candidaturas femininas têm pouca competitividade, dado que partidos têm lançado mulheres só para cumprir a cota.

“Entrei na política não porque fui convidada para preencher uma cota, mas porque tinha um propósito. Acho que essas iniciativas devem ser espontâneas, não forçadas. Protocolei a proposta para dizer que mulher não precisa de cota para participar da política. Não há uma rivalidade entre homens e mulheres”, afirmou.

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Deputada federal Carolina de Toni (Reprodução/Câmara dos Deputados)

De Toni foi aluna do ideólogo de direita Olavo de Carvalho, conhecido por disseminar teorias da conspiração e desinformação a respeito da proteção de vacinas. Assim como o seu guru, a parlamentar que preside a comissão mais importante da Câmara não acredita na eficácia das vacinas contra a Covid-19.

Apesar de bolsonaristas ocuparem comissões-chave da Câmara dos Deputados, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), disse nesta sexta-feira, 6, que as novas lideranças eleitas para presidir comissões não vão interferir no andamento dos projetos.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) (Luís Macedo/Câmara dos Deputados)

“Nem eu sou dono do plenário, nem presidente de comissão é dono da pauta de comissão. Toda comissão temática é importante, mas elas não sequestram o Parlamento. Assim como o Parlamento, não sequestra o governo”, afirmou ao blog da jornalista Daniela Lima, no g1.

Leia mais: ‘Anistiar partidos por negar cotas de gênero e racial é retrocesso’, avaliam analistas
Revisado por Adriana Gonzaga
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