Candidatos ao Senado pelo Amazonas participam de debate; veja os principais pontos destacados na sabatina

Debate promovido pelo Grupo Norte de Comunicação (Reprodução/TV Norte)
Ívina Garcia – Da Revista Cenarium

MANAUS – Os candidatos ao cargo de senador do Amazonas participaram de debate, na manhã desta quinta-feira, 1°, promovido pelo Grupo Norte de Comunicação. Entre os presentes estiveram o candidato Arthur Virgílio (PSDB), Elissandro Bessa (Solidariedade), Coronel Menezes (PL), Luiz Castro (PDT), Marília Freire (PSOL), pastor Peter Miranda (Agir) e Chico Preto (Avante).

O candidato à reeleição Omar Aziz faltou ao debate, mesmo com sua equipe participando de todas as reuniões prévias, conforme informado pelo mediador Clayton Pascarelli. Dividido em cinco blocos, os candidatos fizeram perguntas sobre os temas: economia, emprego e renda (1° bloco); saúde (2° bloco); segurança pública (3° bloco); estradas e desenvolvimento sustentável (4° bloco) e tema livre no quinto e último bloco.

O formato escolhido, com sorteio prévio, foi dividido em 30 segundos para pergunta, um minuto e meio para resposta, um minuto para comentário e um minuto para réplica do comentário em todos os blocos.

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Primeiro bloco

Abrindo a rodada de discussões do primeiro bloco, sobre emprego e renda, por sorteio prévio, o candidato Luiz Castro direcionou ao Coronel Menezes, pergunta sobre os programas de fomento dos produtores do Estado.

Gostaria que o senhor comentasse algumas questões do setor primário do Amazonas, como PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), aplicações do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), os investimentos do FNO (Fundo Constitucional de Financiamento do Norte) e qual será sua postura no Senado da República em relação a essas questões?”, indagou Castro.

Em resposta, Menezes reforçou união com o presidente Jair Bolsonaro (PL), mas não apresentou proposta ao setor. “O governo federal tem o comprometimento de gerar emprego e renda e isso nós sabemos fazer. Quando fui superintendente da Suframa, criamos o distrito agroindustrial de Rio Preto da Eva e também saímos da condição de 83 mil para quase 100 mil empregos“, retrucou.

O primeiro momento seguiu tratando, principalmente, da Zona Franca de Manaus e incentivos à produção de meios alternativos que colaborem ao modelo do Polo Industrial. Além disso, o microempresário e o produtor também foram o foco.

Segundo Bloco

O candidato Bessa, que não foi contemplado com pergunta nem resposta, no primeiro bloco, abriu a segunda parte do debate tendo mais um minuto para falar, de forma livre, sobre suas propostas dentro do tema saúde.

Antes de iniciar a sabatina, foi concedido o direito de resposta ao candidato Arthur Virgílio, solicitado por meio de assessoria, por ter se sentido ofendido nas declarações do candidato Chico Preto, que afirmou que Virgílio havia usado o cargo de prefeito para “encobrir o crime do enteado”.

Arthur pontuou que Chico estaria comprando um discurso baseado em uma “mentira sórdida”, difundida por outros candidatos “cadeira vazia”, em referência à ausência de seu principal concorrente, Omar Aziz (PSD), que faltou ao debate.

Arthur Virgílio (PSDB) e Chico Preto (Avante) discutem durante o debate (Reprodução/TV Norte)

Terceiro Bloco

Com o tema segurança pública, o terceiro bloco foi iniciado pelo candidato Bessa, que escolheu a senadora pelo PSOL, candidata Marília, para responder sobre propostas para o tema.

Marília defendeu o desencarceramento e disse não enxergar a segurança pública separada do fator social. “A gente precisa avançar e muito, nos debates, em relação ao que é, de fato, a segurança pública. O que as pessoas estão passando e vivendo, nas suas comunidades e na periferia, para estar precisando, ou ser empurrado, para uma vida que os leva ao cárcere”, pontuou a candidata.

Ao longo da transmissão, a discussão sobre a relação de drogas, narcotráfico e políticas públicas para integrar as forças de segurança, principalmente, na capacitação de policiais do interior para reforçar a segurança por todo o Estado.

Quarto Bloco

Estradas e desenvolvimento sustentável foi o foco da quarta parte do debate, iniciado pelo pastor Peter, que direcionou pergunta para o Coronel Menezes sobre o “Ponte Safena”, projeto que prevê a interligação entre Amazonas e Pará, com uma estrada que sairia de Itacoatiara, passando por Urucurituba e Maués, no Amazonas, atravessando a fronteira e chegando a Aveiro, no Pará, a um custo de R$ 6 bilhões.

Menezes disse desconhecer o projeto, e focou a resposta na BR-319, utilizada na campanha de Bolsonaro como uma conquista, após a autorização da licença prévia emitida pelo Ibama para a reconstrução de um trecho da rodovia, que interliga Manaus a Porto Velho.

Eu não tenho o conhecimento sobre o projeto “Ponte de Safena”, mas também não é importante, nem relevante para nós. Nesse momento, eu gostaria de falar sobre a Br-319, que é um eixo essencial para o desenvolvimento do Estado”, disse Menezes.

A interligação entre municípios do interior e a expansão do comércio regional e sustentável, por meio dos rios e estradas como a BR-319, bem como o escoamento de produções, foram foco principal durante o quarto bloco.

Quinto Bloco

Na última parte da sabatina, os candidatos puderam perguntar, de forma livre, no mesmo formato antes estipulado pelo mediador, com 30 segundos para pergunta, um minuto e meio para resposta, um minuto para comentário e um minuto para réplica.

Sorteado, previamente, o candidato Coronel Menezes indagou Arthur Virgílio sobre obras de infraestrutura. Arthur rebateu sobre o monotrilho, que não foi prometido no projeto de Virgílio.

A Zona Franca também foi tema abordado pelo pastor Peter Miranda, em pergunta direcionada ao candidato Chico Preto, que teceu críticas aos atuais senadores por não terem captado novas empresas para o polo industrial.

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