Marcela Leiros – Da Revista Cenarium
MANAUS – Ana Júlia Ribeiro, companheira de Gil Romero Machado Batista, 41, preso pela morte de Débora da Silva Alves, 18, que estava grávida de oito meses, se pronunciou na manhã desta sexta-feira, 11, acerca das investigações que apontam o envolvimento do marido no crime. Em coletiva de imprensa, ela negou que sabia da traição do marido ou da gravidez da jovem.
Ana Júlia afirmou que descobriu sobre a traição de Gil Romero e a gravidez de Débora da Silva Alves quando o irmão da vítima foi ao bar, de propriedade dos dois, procurando pela jovem. “O irmão da moça queria conversar com ele a qualquer custo, eu estranhei, perguntei o que estava acontecendo, o mesmo disse que queria falar somente com ele. Eu disse que era mulher dele e precisava saber o que se passava. Aí ele abriu o jogo e perguntou onde estava a irmã“, contou ela.
Quanto à acusação feita pela família da vítima de que Ana Júlia teria entrado em contato com Débora durante a gestação, por telefone, a esposa de Gil Romero negou e acrescentou que nunca teve nenhuma relação com a jovem e a conhecia porque a mesma teve um relacionamento com o irmão de Ana Júlia.
“Eu nunca tive nenhum tipo de ligação com a Débora, ela apareceu na minha vida através de um relacionamento que ela teve com o meu irmão, eu nunca cheguei a conversar com essa garota, de forma alguma“, disse, acrescentando que ambas se seguiam nas redes sociais por causa de uma solicitação da vítima.
“Ela estava nas minhas redes sociais por motivo de ter me adicionado, por ter contato com a minha família, com a minha mãe, que morava na zona Leste“, acrescentou.
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Relacionamento
Quanto à Gil Romero, Ana Júlia afirmou que nunca teve conhecimento de outros relacionamentos extraconjugais do marido, com quem vivia há 14 anos. Ela disse, também, que ficou surpreendida com toda a situação e que não acobertou o paradeiro do marido, enquanto estava foragido, já que nem sabia onde ele estava.
“Não tinha conhecimento de outros casos, vivia com ele há 14 anos, nunca soube de nada, até porque ele tinha o celular dele, eu tinha o meu, eu nunca tive uma invasão de privacidade dele“, disse, lembrando que os telefones da família haviam sido apreendidos pela polícia. “O Gil Romero se afugentou com medo do que aconteceu, eu não tinha noção pra onde esse homem estava“.
Por fim, a esposa do suspeito ainda rebateu informações veiculadas na imprensa de que seria uma mulher transsexual e, por não poder engravidar, teria interesse no bebê da vítima. Ana Júlia afirmou que gravidez ainda não fazia parte dos seus planos e que se sente uma vítima. “Eu sou uma vítima, porque eu fui traída. Eu estou passando por tudo isso, eu perdi o meu emprego porque eu tinha um sonho de pagar a minha faculdade e agora eu não tenho mais como pagar minha faculdade“, acrescentou.
A Polícia Civil do Amazonas descartou o envolvimento de Ana Julia no caso da morte de Débora da Silva Alves, ocorrido no dia 29 de julho em Manaus. A mulher chegou a ser procurada pela polícia e foi presa nessa quinta-feira, 10, por mentir em depoimento sobre o caso.
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