Suspeito de matar grávida em Manaus era monitorado pela polícia no Pará

Gil Romero foi preso no Pará nessa terça-feira, 8. (Divulgação)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium Amazônia

MANAUS – Gil Romero, 41, suspeito de ter assassinado Débora da Silva Alves, 18, grávida de oito meses, estava sendo monitorado pela polícia desde sábado, 5, no Pará. O homem foi preso na noite dessa terça-feira, 8, no Distrito de Apolinário, comunidade rural de Curuá, a 742 quilômetros de Belém, capital do Estado. O crime ocorreu no dia 29 de julho.

Gil Romero era monitorado pela Polícia Civil dos Estados do Amazonas (PC-AM) e Pará (PC-PA). De acordo com o Núcleo de Apoio a Investigações (NAI) do Baixo Amazonas, a polícia já sabia que o suspeito poderia estar no Estado. Ele foi localizado por volta das 22h.

Depois da prisão, o homem foi transferido para o município de Óbidos, onde ficará à disposição da Justiça. A Polícia Civil do Amazonas informou que as polícias civis e o Poder Judiciário estão em tratativa burocrática para realizar o recambiamento para a capital amazonense.

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A vítima

Débora da Silva Alves estava grávida de oito meses e, de acordo com a polícia, Gil Romero é o pai da criança. A vítima desapareceu no dia 29 de julho deste ano, quando saiu de casa para encontrar o suspeito. Segundo a polícia, ele havia prometido entregar dinheiro para comprar o berço da criança. O homem não aceitava a gravidez da jovem e já havia tentado contra a vida dela anteriormente.

No início da gravidez, ele ofereceu medicamentos abortivos para Débora e, em junho deste ano, tentou contra a vida dela pela primeira vez. Desta vez, a vítima se defendeu com uma faca, sobrevivendo ao ataque“, disse o titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestro (DEHS), Ricardo Cunha.

O corpo da jovem foi encontrado na quinta-feira, 3, em uma área de mata no Mauazinho, zona Leste, após a polícia prender José Nilson, conhecido como “Nego”, por participação no crime, quem indicou onde estava o corpo. Débora teve o corpo queimado após ter sido colocada dentro de um camburão preto. A vítima também teve os pés cortados.

De acordo com a polícia, Gil Romero era proprietário de um bar e também trabalhava como vigilante em uma usina. No estabelecimento comercial, José Nilson trabalhava como gerente, motivo pelo qual teria proximidade com Gil Romero. Em depoimento, José Nilson contou que se sentiu coagido a ocultar o cadáver da vítima. Os dois colocaram o corpo da vítima no camburão e o queimaram.

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