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Caso Débora: bebê foi retirado com faca da barriga da mãe e jogado em rio, diz PC-AM
Gil Romero e Débora Alves (Reprodução/Redes Sociais)
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10 de agosto de 2023
Adrisa De Góes – Da Revista Cenarium Amazônia
MANAUS (AM) – A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) afirmou nesta quinta-feira, 10, que o bebê que estava na barriga de Débora da Silva Alves, 18, grávida de oito meses, foi retirado por Gil Romero Machado Batista, 41, com a ajuda de uma faca de cozinha. Além disso, o principal suspeito do crime confessa ter jogado o corpo da criança no Rio Negro.
O delegado-geral da PC-AM, Bruno Fraga, detalhou a dinâmica do crime e afirmou que o suspeito também era o pai do bebê, e que ele contou em depoimento a forma de como se livrou do corpo. Durante o esclarecimento, disse que pegou uma embarcação no porto da Ceasa, na Zona Sul de Manaus, levando até o meio do rio. Gil Romero prestou todas as informações na noite desta quarta-feira, 9, após chegar em Manaus vindo do Pará, onde foi capturado.
“O autor foi interrogado pela Delegacia de Homicídios e tivemos o conhecimento da dinâmica. Após terem tirado a vida da Débora com uma faca de cozinha, ele fez a extração do bebê, utilizou um saco de estopa para fazer a ocultação do bebê, colocou diversos pedaços de ferro nesse saco e, em seguida, foi até a direção da área do porto da Ceasa e jogou esse saco no meio do rio”, detalhou Fraga.
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A procuradora da mulher na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deputada Alessandra Campelo, acompanhou o caso desde o desaparecimento da vítima e afirmou que as agressões à Débora iniciaram desde que a jovem estava no carro com o suspeito, na noite em que ela desapareceu, no dia 29 de julho.
“Ele agrediu a Débora antes de matá-la, ainda dentro do carro. Quando perceberam que ela ainda estava viva, forçaram mais a corda no pescoço, pisaram nela e atearam fogo no corpo dela. “Depois ainda transportou a criança com um monte de entulhos. Ele também disse ao condutor da embarcação que estava jogando restos de obra”, detalhou a parlamentar.
Esposa não teve envolvimento na morte
De acordo com o delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Ricardo Cunha, a investigação não constatou, neste primeiro momento, a participação de Ana Júlia Azevedo Ribeiro, 29, esposa do principal suspeito, na morte da jovem grávida. Ela se apresentou à polícia nesta quinta-feira, após ter mandado de prisão temporária expedido pelo Poder Judiciário na quarta-feira, 9.
“Ele [Gil Romero] afirma, categoricamente, que a esposa dele não tem qualquer tipo de envolvimento. Ele afirmou para a gente que só avisou a esposa que havia feito ‘uma besteira’ e teria que sumir. É claro que a esposa, com as notícias, já sabia do que se tratava. Porém, em relação ao crime, neste primeiro momento, não estamos vendo grandes participações de Ana Júlia”, disse o titular da DEHS.
Suspeito conta a dinâmica do crime
A delegada adjunta da DEHS, Deborah Barreiros, disse que Gil Romero contou que a motivação do crime se deu porque, segundo ele, a vítima “estava demais”, no sentido de exigir o reconhecimento da paternidade da criança. Gil e Débora tinham um relacionamento extraconjugal.
“Com ela desacordada, ele sentou no banco de trás do carro e enrolou uma corda no pescoço dela. [Gil Romero] ainda contou que o Nego [José Nilson] disse: ‘ela é uma mulher, ela tá gravida’. Ele [Gil] pisou no pescoço dela e puxou com força até a morte, ela ainda lutou pela vida. O Nego [que está preso] pisou no peito dela e eles terminaram o estrangulamento”, explicou a delegada.
Ainda de acordo com Barreiros, após atearem fogo no corpo da jovem, ela foi jogada em uma área de mata dentro de um tonel. Depois disso, os suspeitos saíram do local. Porém, momentos depois, Gil Romero voltou onde estava a vítima e retirou o bebê da barriga dela com uma faca. “O Gil Romero começou a pensar que se o corpo fosse encontrado e a criança fosse submetida ao exame de DNA ele seria imediatamente ligado ao crime”, detalhou.
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