Cidade de Rondônia terá sexto prefeito em menos de sete anos

Camila Lima – Da Revista Cenarium Amazônia

PORTO VELHO (RO) – A cidade de Candeias do Jamari, a 20 quilômetros de Porto Velho, capital do Estado de Rondônia, enfrenta mais uma reviravolta política com a cassação do prefeito Antônio Onofre de Souza, conhecido como Toninho Cerejeiras (PSB). Com a decisão, ocorrida na noite de segunda-feira, 13, durante sessão da Câmara de Vereadores, o município terá o sexto prefeito em menos de sete anos.

Após a cassação de Toninho Cerejeiras, Aussemir Almeida, atual presidente da Câmara, assumirá interinamente a prefeitura até a realização de uma eleição suplementar.

Toninho Cerejeiras, que assumiu o cargo em 15 de junho deste ano, sucedendo Valteir Queiroz, foi acusado de improbidade administrativa, incluindo a realização de despesas sem prévio empenho, pagamentos fora da ordem cronológica e o envio de informações falsas ao Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO). As denúncias, apresentadas por meio de uma denúncia formal protocolada por um cidadão chamado José Freitas Ibiapima, foram fundamentais para a decisão unânime dos vereadores.

Este episódio adiciona mais um capítulo à instabilidade política que tem caracterizado Candeias do Jamari. Desde 2017, os cidadãos viram Chico Pernambuco, Luiz Ikenohuchi, Lucivaldo Fabrício, Valteir Queiroz e, agora, Toninho Cerejeiras perderem seus mandatos, evidenciando um cenário de turbulência e incertezas na administração municipal.

Conheça os ex-prefeitos de Candeias do Jamari:

Chico Pernambuco

Francisco Vicente de Souza, o Chico Pernambuco (PSB), foi morto na noite de 18 de março de 2017 com três tiros (dois no tórax e um na cabeça) disparados por pistoleiros. O político foi assassinado dentro do carro em frente à sua residência.

Luiz Ikenohuchi

Afastado pela Câmara devido a irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas de Rondônia, como descumprimento da lei orçamentária e abertura de créditos sem autorização legislativa. Antes da votação, o prefeito tentou uma ação judicial contra os vereadores, considerada atentatória à dignidade da Justiça pelo juiz Johnny Gustavo Clemes. Ele também foi acusado de ser o mandante da morte do ex-prefeito Chico Pernambuco.

Lucivaldo Fabrício

Foi condenado pela Justiça Eleitoral por utilizar as redes sociais oficiais do município para promover seu nome durante o período eleitoral, de julho a agosto de 2020, quando concorria à reeleição. A condenação se baseou na proibição, para agentes públicos, de realizar promoção pessoal e eleitoral em sítios eletrônicos oficiais.

Valteir Queiroz

O ex-prefeito estava suspenso das funções desde 14 de junho, após a Polícia Civil deflagrar uma operação contra corrupção. Na ocasião, ele foi acusado de envolvimento em fraudes em licitações e de falha na prestação de serviços públicos. Posteriormente, teve o mandato cassado pela Câmara Municipal.

Editado por Yana Lima

Revisado por Adriana Gonzaga