Rondônia tem rodovias bloqueadas enquanto paralisação dos caminhoneiros perde força

Rondônia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina são os únicos Estados que ainda paralisam o fluxo em rodovias por conta das manifestações (Iury Lima/Cenarium)
Iury Lima – Da Cenarium

VILHENA (RO) – As manifestações de caminhoneiros em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) começam a perder força pelo País, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PF). A corporação diz que não há mais trechos de rodovias federais interditados, nesta sexta-feira, 10, restando apenas oito pontos de bloqueio em todo o Brasil, sendo três deles localizados em Rondônia. “Existe grande possibilidade de perda de apoio popular”, informou a PF. 

Mais cedo, também nesta sexta-feira, 10, um ponto da BR-421, no município de Monte Negro, que estava interditado, foi liberado para o trânsito, com exceção para todos os tipos de caminhões, que permanecem com fluxo bloqueado. A via funciona com o procedimento de “pare e siga” para os demais veículos, com liberação prevista a cada dez minutos.

“Vão permitir que os veículos com carga perecível utilizem as rotas alternativas para desviar dos locais de bloqueio deste ponto. Veículos de passeio estão trafegando normalmente. Quanto à possibilidade de bloqueio total da via, não houve deliberação das lideranças”, informou a Polícia Rodoviária Federal (PRF). 

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No distrito de Jaci-Paraná, a restrição do fluxo se aplica apenas aos caminhões com cargas não perecíveis. Em Cacoal, a 480 quilômetros de Porto Velho, não podem transitar caminhões com ou sem cargas.

Trechos bloqueados

Segundo a atualização mais recente da PRF, os bloqueios se concentram em trechos da BR-364, a principal do Estado, que liga  Rondônia ao Norte brasileiro e ao restante do País:

  • BR-364, KM 789, em Jaci-Paraná, distrito de Porto Velho;
  • BR-364, em Cacoal; e
  • BR-421, KM 56, em Monte Negro
Trecho da BR-364, em Vilhena (RO), com manifestações sem restrição de trânsito (Iury Lima/Cenarium)

Já em Ji-Paraná, distante pouco mais de 370 quilômetros da capital, os manifestantes se concentram às margens da via. Na localidade, o trânsito estava bloqueado para caminhões carregados com produtos sem data de validade e o fluxo era permitido apenas para carros pequenos, transporte de cargas vivas e perecíveis, além de veículos de frete de produtos que ofereçam periculosidade e ambulâncias, bem como outros veículos oficiais de emergência. A PF informou que no local o trânsito foi totalmente liberado  por volta das 12h30. 

Manifestações

Fora do território da Amazônia Legal, pontos de concentração de caminhoneiros que manifestam em defesa de Bolsonaro ainda são identificados em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ainda há aglomerações no Pará e no Mato Grosso, mas sem interrupção do fluxo. 

Junto com Rondônia, estes são os únicos três Estados, segundo o Ministério da Infraestrutura, em que as paralisações permanecem. Ainda de acordo com a pasta, não há mais nenhum movimento em Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Paraná nas rodovias federais.

Direitos

Apesar das manifestações terem sido identificadas em diversos Estados brasileiros, não há apoio oficial da categoria, sendo que os caminhoneiros que participam das manifestações e dos bloqueios são aliados ao governo federal por afinidade de seus posicionamentos político e ideológico.

Jair Bolsonaro (sem partido), em transmissão ao vivo, na quinta-feira, 9 (Reprodução/Redes sociais)

Em uma transmissão ao vivo, nessa quinta-feira, 9, o presidente da República afirmou que as manifestações seguirão até domingo, 12, e que este é um direito de seus apoiadores. Ele se referia a uma conversa que teve com 12 caminhoneiros que lhe perguntaram como continuar procedendo. “Eu falei: ‘Olha, para mim, vocês já fizeram uma coisa fantástica’. Ajudaram nesse movimento. Falaram que vão manter o movimento até domingo, é um direito deles”, declarou Jair Bolsonaro.

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