Ciro Gomes (PDT) acompanha decisão do partido que negocia apoio a Lula

O anúncio será feito nesta terça-feira, 4, após a reunião da Executiva da sigla (Reprodução/Internet)
Com informações do Infoglobo

BRASÍLIA – O candidato à Presidência derrotado, Ciro Gomes (PDT), vai acompanhar a posição do seu partido sobre quem apoiar no segundo turno entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do próprio presidenciável. O GLOBO apurou que a tendência é que a sigla formalize a aliança com o petista. O anúncio será feito nesta terça-feira, 4, após a reunião da Executiva da sigla.

Ao fim do primeiro turno, no domingo à noite, 2, Ciro pediu um tempo para anunciar sua decisão. Ao longo da campanha, ele desferiu duros ataques contra Lula. O clima entre os dois piorou na reta final, quando o petista adotou a estratégia do voto útil, ou seja, priorizou a atração de eleitores de Ciro sob argumento de que o pedetista não tinha chance de vencer a eleição e, portanto, a opção por Lula seria o caminho mais eficiente para derrotar Bolsonaro.

Ciro vota em Fortaleza, no Ceará  — Foto: Reprodução
Ciro votou no Estado do Ceará (Divulgação)

Apesar dos embates, apurou a reportagem, Ciro considera necessário uma unificação do PDT, que saiu enfraquecido da eleição. A legenda perdeu duas cadeiras na Câmara Federal, saindo de 19 para 17 deputados e não conseguiu eleger nenhum de seus candidatos aos governos estaduais.

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Ciro ficou em quarto lugar na disputa ao Palácio do Planalto, com apenas 3% dos votos. Em sua primeira declaração após a derrota, o pedetista afirmou estar “profundamente preocupado” com o futuro do País, além de pedir um tempo antes de se posicionar.

Um dia após a apuração dos votos, a campanha de Lula já começou a procurar líderes do PDT para negociar o apoio do partido no segundo turno. O ex-prefeito de Niterói e ex-candidato ao governo do Rio Rodrigo Neves conversou com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para que coordene a campanha de Lula no Estado fluminense.

“Agora, a hora é de a gente se concentrar para combater quem está, hoje, no Planalto, um antidemocrata. É hora de deixar as mágoas de lado. A posição do PDT e do Ciro é fundamental para o segundo turno. Vou defender o apoio a Lula na reunião do partido e quero fazer a minha parte no Rio”, disse Neves ao GLOBO.

“Falei a ele (Lupi) que gostaríamos muito de ter o Ciro na nossa campanha. Que ele pudesse agregar, vir junto. Temos questões programáticas que são muito parecidas com o que Ciro falou na sua campanha. A questão da renegociação da dívida, a escola em tempo integral, o auxílio. São questões que, do ponto de vista de programa, a gente tem uma boa conversa para fazer”, finaliza.

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