Como medida de segurança para posse de Lula, porte de armas está suspenso no DF até 2 de janeiro

Alita Falcão – Da revista Cenarium

MANAUS – Nesta quarta-feira, 28, a poucos dias da posse de Lula, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes proibiu, temporariamente, o porte de armas de fogo em Brasília (DF).

A decisão vale das 18h desta quarta até o dia 2 de janeiro em todo o Distrito Federal. A medida acata o pedido do futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e integra o reforço das estratégias de segurança para a posse do presidente eleito.

Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

Ainda na terça-feira, 27, Dino explicou que “qualquer posse, porte de arma nesse período será considerada crime e as forças policiais ficarão autorizadas a apreender armamentos e prender em flagrante quem circular no DF portando armamentos”, disse.

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A medida não se aplica às Forças Armadas, Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), Polícia Legislativa e Judicial e nem a empresas de segurança privada e de transporte de valores.

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Desde a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 12 de dezembro, uma onda de violência se desencadeou em Brasília por parte de apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

Horas após a diplomação, bolsonaristas tentaram invadir a sede da Polícia Federal (PF) na capital federal em protesto contra a prisão do líder indígena José Acácio Serere Xavante, apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como um dos integrantes dos atos antidemocráticos em Brasília.

Após serem repelidos pela polícia, os manifestantes foram para outras vias da cidade e atearam fogo em ônibus e carros. Eles também depredaram postes de iluminação e tentaram derrubar um ônibus de um viaduto. Oito veículos foram incendiados e o Corpo de Bombeiros informou que teve uma viatura apedrejada.

No dia 24, véspera de Natal, um homem foi preso por tentativa de explosão de caminhão de combustível próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília.

Em depoimento, George Washington de Oliveira Sousa confessou que planejou com manifestantes do Quartel General (QG) no Exército a instalação de explosivos em pelo menos dois locais da capital federal para “dar início ao caos” que levaria à “decretação do estado de sítio no País“, o que poderia “provocar a intervenção das Forças Armadas“.

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