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COP26: participação do AM garante investimentos internacionais e aumento do Bolsa Floresta
Aumento do Bolsa Floresta beneficiária comunidades tradicionais, como indígenas e ribeirinhos. (Michell Mello/Secom)
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11 de novembro de 2021
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium
MANAUS – O secretário de Meio Ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira, falou nesta quinta-feira, 11, do compromisso firmado pelo Estado, com o Banco Mundial, que beneficiará ações estaduais como o Programa Bolsa Floresta. À CENARIUM, Taveira explanou ainda um balanço da participação do Estado na 26ª Conferências das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), na qual ele representou o governador do Amazonas, Wilson Lima.
“Wilson Lima acaba de assinar uma transação de empréstimo com o Banco Mundial, e um dos condicionantes desse empréstimo são compromissos ambientais que o governo do Estado apresentou, inclusive um deles foi o aumento do [Programa] Bolsa Floresta. Até ano que vem o governador vai fazer um anúncio do Bolsa Floresta, que a gente está chamando de Bolsa Floresta +, como uma recompensa efetiva para que moradores de comunidades tradicionais, indígenas e ribeirinhos, que cuidam da floresta, sejam remunerados com essa iniciativa”, explicou Taveira. O secretário da Sema não falou de valores, mas disse que os resultados da ida à COP26 foram satisfatórios, na viagem que ele considerou como “missão cumprida”.
O reconhecimento do Amazonas e de outros Estados da Amazônia Legal brasileira no enfrentamento a crimes ambientais foi destaque no evento internacional, que ocorre em Glasgow, na Escócia, até esta sexta-feira, 12. Taveira salientou como é importante que o Amazonas, por causa da sua agenda climática, esteja representado nesses lugares de debate.
“O governador Wilson Lima tem insistido para que a gente encontre soluções para que a floresta em pé e o manejo florestal também gerem riquezas, para que a população indígena e ribeirinha ascenda também, supere a pobreza, que ainda é prevalente na nossa região”, destacou.
Financiamentos
O desenvolvimento de políticas públicas para redução de emissões de gases e enfrentamento à mudanças climáticas realizados pelo Amazonas, junto com a presença do Estado na COP26, ainda traz visibilidade e aumenta a possibilidade de investimentos e financiamento de grandes empresas em projetos ambientais.
“Nós vimos uma oportunidade muito grande, em especial empresas do setor de energia que procuraram o Estado do Amazonas para saber como a gente pode, a partir dos resultados que a gente tem de redução, ser recompensado e poder ampliar o pagamento do Programa Bolsa Floresta, inclusive, ampliar o valor da bolsa e a quantidade de pessoas beneficiadas”, defendeu o secretário estadual de Meio Ambiente.
“Por outro lado, os investidores sabem que o o Governo do Amazonas tem investido no combate a essas ilegalidades [os crimes ambientais], tem investido também em cadeias produtivas. Eles estão dispostos a financiar esse cenário de transição e colocar recursos que a gente chama de Reddness,como se fossem compromissos assumidos até que o Estado possa reformular com novos créditos de carbono”, enfatizou ainda.
Desafios
Entre os desafios enfrentados pelo governo estadual, Eduardo Taveira pontua duas situações centralizadas no Sul do Amazonas, com o avanço do desmatamento ilegal na fronteira do Estado com o Pará, Rondônia e Mato Grosso.
“A gente tem uma condição muito peculiar no Sul do Estado, que 90% da área são áreas federais, sejam glebas, assentamentos, unidades de conservação… a gente precisa muito que o Incra [Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária] estabeleça um processo de regularização fundiária naquela localização, para que a gente possa monitorar e fiscalizar melhor”, disse Taveira.
“Mas o Amazonas já tem um trabalho de maneira efetiva, aumentamos a contratação de assistência técnica ambiental, a Secretaria de Produção Rural tem se engajado para dar uma orientação a produtores para que haja um aumento de produtividade, com redução de impacto ambiental”, finalizou o secretário.
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