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Covid-19: morre ex-diretor-executivo da maior rede de hotelaria de selva da Amazônia, Ariaú Tower
Ribamar Mendes estava focado, desde 2020, na produção e integrava o canal Sociedade dos Amigos da Amazônia, Organização Não Governamental, sem fins lucrativos da Região Amazônica (Reprodução)
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14 de janeiro de 2021
Jennifer Silva – Da Revista Cenarium
MANAUS – Morreu na última segunda-feira, 11, Ribamar Mendes, o ex-diretor-executivo do extinto hotel de selva Ariaú Amazonas Tower, maior hotelaria de Selva da Amazônia. Ribamar era conhecido como “Caboclo”, e fatalmente é uma das 5 mil vítimas atingidas pelo novo coronavírus no Amazonas. Mendes atuava como produtor cultural e ativista ambiental, e foi um grande entusiasta da cultura amazônica.
Ribamar Mendes estava focado, desde 2020, na produção e integrava o canal Sociedade dos Amigos da Amazônia, Organização Não Governamental, sem fins lucrativos da Região Amazônica. No mês de agosto de 2020, a imprensa Nacional deu destaque ao trabalho intitulado “Amazônia, Você e Eu” que deu início à campanha de conscientização pela floresta e pela defesa dos povos indígenas.
Um vídeo produzido com imagens de Amazônia e povos locais sendo destruídos pelas queimadas rodou o mundo. Na produção com a toada “Lamento de Raça”, do compositor parintinense Emerson Maia, na voz de David Assayag, o vídeo denunciava as consequências das queimadas.
O vídeo foi distribuído dia 30 de agosto de 2020, direto de uma oca do pajé Dupo, da etnia Tuiuk para centenas de políticos a começar para o presidente Jair Bolsonaro. “A Amazônia, Você e Eu! Precisamos uns dos outros. Em dias de pandemia e incertezas, assistimos dia após dia ao posicionamento da mídia em geral, de que o mundo inteiro está preocupado com as queimadas em nosso país. Com destaque para o Estado do Mato Grosso, onde as cidades de Corumbá e Ladário tiveram boa parte de suas áreas consumidas pelo fogo”, dizia a mensagem no fim o vídeo.
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Abandono do Ariaú
Com uma dívida milionária com a Petrobras Distribuidora, associadas a disputas judiciais de herdeiros, em setembro de 2015, o hotel fechou as portas e foi abandonado. A Petrobras ajuizou processo de perdas em 2006 e a Justiça do Amazonas penhorou o imóvel em 2016 para cobrir as dívidas aos fornecedores e ao Estado do Amazonas com ICMS.
Ariaú Amazon Towers foi um boutique hotel brasileiro. O primeiro e maior hotel da Floresta Amazônica, possuía 288 quartos dispostos em várias torres cilíndricas interligadas por extensas passarelas de madeira (total de até 8 quilômetros de passarela), apoiadas sobre palafitas. Idealizado em 1982 e inaugurado em 1986 pelo empresário Ritta Bernardino, o complexo hoteleiro ficava às margens do Rio Ariaú, afluente do Rio Negro, na região noroeste da cidade de Manaus (distante 60 quilômetros da cidade), no Estado brasileiro do Amazonas.
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