Defensoras públicas destacam maioria feminina em chapa à DPE-AM

Adrisa De Góes – Da Revista Cenarium Amazônia

MANAUS (AM) – A eleição para a Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), marcada para o próximo dia 1° de dezembro, tem na disputa a chapa #SouDPE, liderada pelo defensor público Rafael Barbosa e composta por maioria feminina em cargos estratégicos. Dos seis membros desta formação, quatro são mulheres.

À REVISTA CENARIUM AMAZÔNIA, as defensoras públicas Karoline Santos, Carol Rocha e Karlla Queiroz definiram o destaque na chapa como uma oportunidade de mostrar a atuação técnica que pode ser desenvolvida por elas, além da defensora Renata Visco, caso o grupo seja escolhido pelo governador do Amazonas, Wilson Lima (UB), após formação de lista tríplice.

“Quando fui chamada para compor essa chapa, me senti confortável em saber que estaria ao lado de alguém que viu em mim e em minhas colegas o trabalho técnico, alguém que está disposto a dar espaço de autonomia para que nós, defensoras, possamos exercer nosso trabalho”, afirma a candidata à subdefensora pública-geral da chapa, Karoline Santos.

Atualmente, Karoline atua na área criminal do órgão e passou pela área da família quando ingressou na DPE-AM em 2013. De lá para cá, ela trabalhou pelos municípios de Apuí, Codajás, Itacoatiara e Manacapuru. A defensora pública é graduada e possui mestrado em Direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC), além de especialização em Ciências Criminais, Direitos Humanos e Criminologia.

Ainda de acordo com a candidata à subdefensora da chapa, a formação do grupo está alinhada à experiência de Rafael Barbosa no cargo de defensor, posição ocupada por ele por dois mandatos, e a técnica dos demais membros que compõem a candidatura. “Temos um papel mais executor. Esse papel que nos foi proposto é muito do que a gente pretende desempenhar”, destaca.

Além da figura feminina

Para a defensora pública Carol Rocha, que atua há nove anos no órgão e é o nome na chapa que deve assumir a diretoria administrativa, a participação feminina proporciona um olhar mais sensível para as questões que envolvem a defensoria, bem como os defensores e defensoras, e demais servidores e estagiários da Casa.

“A mulher consegue, por meio desse olhar de sensibilidade, fazer mudanças mais efetivas, além de demonstrar que são reconhecidas pela competência, o que supera o diferencial de ser mulher. A chapa é um conjunto que tem um defensor com experiência como líder e mulheres que podem contribuir com uma gestão com visão ampla, técnica e humanidade”, enfatiza a defensora.

Autonomia e voz ativa foram alguns dos pontos que fizeram a defensora pública Karlla Queiroz também compor o grupo de maioria feminina. Na formação, ela foi escolhida para ocupar a diretoria de planejamento, em caso de vitória da chapa.

“A defensoria é uma instituição majoritariamente feminina. Há mais mulheres do que homens na instituição. Essa nossa composição reflete isso. Muito mais que mulheres, somos pessoas competentes para ocupar esses cargos, caso Rafael seja eleito”, afirma Queiroz.

Mulheres em cargos de liderança

A figura feminina ainda é sub-representada em cargos de liderança, é o que aponta o relatório Women in the Workplace, realizado pela McKinsey em parceria com a ONG LeanIn.Org. No meio político, por exemplo, as mulheres ocupam menos de 15% dos cargos eletivos, ainda que representem 53% do eleitorado brasileiro.

Outro recorte da pesquisa destaca que as mulheres brancas ocupam 21% dos cargos C-Level – cargos de chefia, contra 61% dos homens brancos. Quando a estatística considera mulheres negras, a liderança é ainda mais distante, apenas 5% dos executivos do mesmo nível. O estudo coletou dados de 333 empresas de todo o País no ano passado.

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Editado por Jefferson Ramos

Revisado por Adriana Gonzaga