Defesa de ‘Lucas Picolé’ nega que influenciador tenha promovido jogos de azar 

O influenciador digital Lucas Picolé (Reprodução/Redes Sociais)
Ricardo Chaves – Da Revista Cenarium

MANAUS (AM) – A defesa de João Lucas da Silva Alves, conhecido como “Lucas Picolé”, negou que o influenciador digital tenha descumprido as medidas cautelares que asseguraram a ele o regime semiaberto. A declaração ocorreu durante coletiva de imprensa realizada na sede da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) nesta quarta-feira, 24.

As medidas proibiram Lucas Picolé de se manifestar nas redes sociais sobre qualquer tipo de sorteio ou qualquer ato relacionado à “Operação Dracma“, o que foi descumprido, segundo a determinação da Justiça do Amazonas.

A defesa do influenciador, representada pelo advogado criminalista Vilson Benayon, rebateu a decisão de prender o influenciador e negou que ele tenha descumprido o acordo judicial.

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O advogado de defesa de Lucas Picolé, Vilson Benayon (Denivaldo Oliveira/Reprodução)

“O que está proibido é sortear por meio de jogos de azar. O sorteio da moto era gratuito, para aumentar seguidores de uma marca patrocinadora que não tem nada a ver com rifa. Ninguém estava auferindo lucro de forma indevida, sem autorização do Ministério da Fazenda”, disse Benayon.

Ainda de acordo com o advogado, na quinta-feira, 25, a defesa vai buscar medidas para que o influenciador responda em liberdade provisória durante as investigações. A audiência judicial da “Operação Dracma” vai ser realizada no dia 1° de março.

A prisão ocorreu em um balneário situado na zona rural do município de Iranduba, poucos minutos após Picolé publicar, na rede social Instagram, que estava sendo procurado pela polícia e era vítima de “perseguição”.

Lucas Picolé foi preso nesta quarta-feira, 24 (Alan Geissler/Revista Cenarium)

Segundo a Polícia Civil, o influenciador utilizava uma nova conta em rede social, com mais de 80 mil seguidores, para promover sorteios e realizar postagens sobre rifas. Picolé anunciou, inclusive, o sorteio de um veículo apreendido na “Operação Dracma“, de acordo com o delegado.

A polícia informou que, no momento da prisão, o alvo das investigações teria tentado fugir, sendo necessário que os policiais adentrassem o rio para capturá-lo. 

Pronunciamento

Em seu perfil no Instagram, Lucas Picolé se defendeu, logo antes de ser preso, e afirmou que a conta na qual ocorria a atividade ilegal é falsa e estava usando o nome dele sem autorização.

“Aquela conta tá me prejudicando, como eu falei pra vocês, tudo acontece só comigo. Todo mundo pode divulgar isso, todo mundo pode divulgar. Aí, os caras criam uma conta fake minha, divulgam um link que não é nem eu. Agora, a polícia tá atrás de mim, só de mim. Todo mundo divulga isso”, relatou o influenciador.

Segundo o delegado, Lucas Picolé confundiu as duas situações. “Ele confunde a atuação dessa prisão com, suspostamente, a criação de um perfil fake que estaria anunciando o jogo do tigrinho, mas não tem nada a ver“, declarou.

Relembre o caso

A “Operação Dracma” foi deflagrada após inquérito policial que investigou a venda de rifas ilegais em agosto do ano passado. A operação foi dividida em duas fases deflagradas nos meses de junho e julho. Além de Lucas Picolé, Enzo Felipe da Silva Oliveira, o “Mano Queixo”, também foi preso durante a operação.

A investigação também concluiu que ambos negociavam armas de fogo e munições, além de estarem envolvidos com venda de drogas sintéticas. 

Leia mais: Justiça do AM revoga prisões de Isabelly Aurora e Lucas Picolé, denunciados por venda ilegal de rifas
Editado por Adrisa De Góes
Revisado por Adriana Gonzaga
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