Dia da Música Popular Brasileira: relembre canções consagradas e conheça novos nomes da MPB

A data foi criada a partir do Decreto de Lei nº 12.624, de 9 de maio de 2012, outorgado pela presidente Dilma Rousseff (Jefferson Santos on Unsplash)

Priscilla Peixoto – Da Cenarium

MANAUS – Em homenagem à maestrina, pianista e compositora Chiquinha Gonzaga, nascida em 17 de outubro de 1847, neste domingo comemora-se o Dia da Música Popular Brasileira (MPB). O ritmo produzido no Brasil vai além de um gênero musical e ocupa relevante espaço na história dos movimentos sociais, manifestações artísticas, políticas e culturais do País.

Para celebrar a data, a CENARIUM traz alguns nomes de intérpretes de canções que marcaram a história da MPB e indica novas figuras que prometem dar continuidade ao gênero tão respeitado e querido no Brasil.

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1 – Arrastão

Considerada por muitos como um marco inicial da MPB, a canção intitulada Arrastão, interpretada por Elis Regina, ficou registrada como uma obra fundamental, inclusive para a própria cantora, até então no início da carreira que se tornaria um sucesso. A música foi composta por Vinícius de Moraes e Edu Lobo.

Elis Regina interpretando “Arrastão” (Reprodução/ Youtube)

2 – Pra não dizer que não falei das flores

De composição do cantor e compositor Geraldo Vandré, “Pra não dizer que não falei das flores” embalou o ano de 1968, época difícil para um Brasil tomado pela Ditadura Militar desde 1964. Por ser uma canção com letra marcante e mensagem de luta, urgência, militância e igualdade, a música foi adotada por estudantes e manifestantes da época como um hino de resistência.

“Pra não dizer que não falei das flores” ficou em segundo lugar no 3º Festival Internacional da Canção, porém, por causa da proporção e força que ganhou, acabou sendo censurada e seu compositor perseguido pela Ditadura Militar, buscou exílio no Chile, retornando ao Brasil em 1973. 

Geraldo Vandré (Reprodução/ Youtube)

3 – Construção

Escrita e interpretada por Chico Buarque, em 1971, a música “Construção” é um dos maiores sucessos do artista e serve de referência para outros cantores da nova geração da MPB, como Tiago Iorc. A obra musical aborda o cotidiano do trabalhador da construção civil dividida em várias perspectivas. A crítica social em forma de canção apresenta uma complexidade de estrutura em versos e um jogo de palavras muito aclamado pela crítica. 

Chico Buarque de Holanda (Reprodução/ Youtube)

4 – O mundo é moinho

Um grande clássico da Música Popular Brasileira, “O mundo é um moinho”, composição de Creuza Francisca dos Santos, filha adotiva do mestre Cartola, traz à tona reflexões sobre as armadilhas que o munda prega. A composição foi interpretada por grandes artistas como a cantora Beth Carvalho, mas caiu no gosto do brasileiro quando foi interpretada por Cazuza, em 1988.

Cazuza (Reprodução/Youtube)

A nova MPB

Com novos nomes no mercado, uns mais conhecidos, outros nem tanto, a MPB permanece viva e com hits que agradam o público. Com várias misturas e com um toque de pop, indie e rock alternativo em algumas composições, veja algumas música e figuras da “nova safra” que se inspiram nos caminhos trilhados por João Gilberto, Tom Jobim, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Marisa Monte, Djavan e outros.

Tiago Iorc “Descontrução

O cantor brasiliense Tiago Iorc já gravou cinco álbuns de estúdio e mais dois álbuns ao vivo. Vencedor de três troféus do Grammy Latino por Melhor Canção em Língua Portuguesa e Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa, um dos mais comentados trabalhos de Iorc lançado recentemente é o chamado “Desconstrução”, que aborda a relação de uma garota com as redes sociais e os vícios que ela pode desencadear.

Há críticos musicais que afirmam, inclusive, que o trabalho musical teve como inspiração a canção “Construção”, de Chico Buarque, com uma estrutura de rimas e construção similares.

Tiago Iorc em “Desconstrução” (Reprodução/ Youtube)

Anavitória “Cor

O dueto composto pelas cantoras Ana Clara Caetano Costa e Vitória Fernandes Falcão caiu no gosto do público desde a estreia em 2014. Com poucos anos de estrada, a dupla é respeitada no cenário musical e já lançou três discos de estúdio: Anavitória; O tempo é agora; e Cor.

As cantoras já foram indicadas a mais de 15 prêmios nacionais e internacionais. Com três troféus conquistados, a indicação mais recente é o último álbum “Cor”, indicado na categoria Melhor Álbum de Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa no Grammy Latino 2021. O álbum traz participações de artistas brasileiros consagrados como Rita Lee e o cantor Lenine, que divide os vocais na canção Lisboa, também muito elogiada pela crítica.

Anavitória (Reprodução/ youtube)

Mari Fróes – ‘Rosa e Laranja

Com mais de 700 mil inscritos em seu canal no YouTube, a goiana Mari Fróes luta para alcançar voos mais altos no mundo da música. Com apenas 17 anos, ela viralizou nas redes sociais cantando versões de músicas de Baco Exú do Blues, Kamaitachi, entre outros. Uma das canções autorais mais conhecidas de Mari é “Rosa e Laranja”, que tem mais de um milhão de visualizações no YouTube.

Mariana Fróes (Reprodução/ Youtube)
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