Dia de Oxóssi: conheça características e curiosidades sobre o orixá da caça e da fartura

Imagem representando Oxóssi (Reprodução/ Internet)

Victória Sales – Da Revista Cenarium

MANAUS – Para as religiões de matrizes africanas, Oxóssi é conhecido como o orixá da caça. A divindade carrega consigo o domínio da mata, e por isso é reconhecido como guerreiro, sendo também associado à Lua, pois a noite é o melhor momento que ele encontra para caçar. Além disso, Oxóssi também é reconhecido como o orixá da fartura. Nesta quinta-feira, 20, Dia de Oxóssi, a CENARIUM traz algumas características e curiosidades sobre o orixá.

O pai de santo Alberto Jorge indica que há muitos equívocos sobre Oxóssi, sendo, o primeiro, que ele seria o orixá das árvores e das folhas. “Ele vive nas matas para caçar e alimentar seu povo. Os caçadores, por estarem frequentemente nas matas, estabeleceram contato com Ọsanyn, divindade das folhas medicinais, litúrgicas. Na ordem social, os caçadores sob a proteção de Oxóssi/Ọsosi são aqueles que, andando nas matas, descobrem os lugares favoráveis para a instalação de uma nova roça ou de uma futura aldeia, onde se possa instalar a família ou o clã”, explicou.

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Imagem representando Oxóssi (Reprodução/ Internet)

Entre as curiosidades, pai Alberto conta que o lugar onde se originou o culto de Oxóssi é Ikija, próximo à cidade de Ijẹbu Ode, fronteira entre a Nigéria e a República do Benim. “O objeto em que está plantado seu Aṣẹ/Axé é um arco e uma flecha de ferro forjado”. No Brasil, a divindade é sincretizada com São Sebastião e com São Jorge, na Bahia. “Seu dia da semana é quinta-feira. Seus fios de contas ou guias podem ser nas cores verde, azul-claro, verde e vermelho, dependendo muito da nação/grupo étnico em que é cultuado”, destacou.

Outra característica de Oxóssi é a sua saudação a Òkè arò. “Sua dança imita a caça, a perseguição aos animais caçados para alimentar sua gente, o uso da arquearia e o disparo de uma flecha”, contou. Lembrado por ter um chifre ou um berrante que carrega consigo, o aparato simboliza a fertilidade como uma forma em que o homem pode usar parar escutar do céu. Conhecido também pelo rabo de touro, a crença aponta que Oxóssi o utiliza para controlar os espíritos da floresta.

Na história de deuses africanos, Oxóssi é filho de Oxalá e Yemanjá. Além disso, é considerado o Rei de Ketu, pois libertou a população de um dos pássaros de Eleyé, conhecida como dona dos pássaros que carregam espíritos maléficos. Com a libertação, quebrou um feitiço que teria sido lançado sobre aquelas pessoas.

Carregando uma túnica branca, Oxóssi leva ainda uma roupa de caçador e um chapéu de plumas. No Candomblé, segura um arco e flecha de aço, uma bolsa de couro para guardar a caça e usa braceletes e pulseiras largas.

Filhos

Os filhos de Oxóssi são pessoas alegres, expansivas e preferem a noite, assim como os caçadores. Além disso, são falantes, ágeis e possuem um raciocínio lógico muito rápido, pois sabem lutar e alcançar o que desejam para a vida.

Sabem dominar, mas, quando estão com raiva, acabam ferindo as pessoas, seja com palavras ou com atitudes, assim como é dado uma flechada. Mas, quando amam, são fiéis e zelosos, e não toleram ser enganados ou deixados para trás.

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