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Ecobags: uma opção para consumidores manauaras substituírem uso das sacolas plásticas
Consumidora utilizando ecobag no mercado (Reprodução/BlogPositiva)
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21 de outubro de 2022
Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium
MANAUS – Com o prazo de um ano para se adequarem a Lei N° 2.799/2021 que proíbe a venda e a distribuição gratuita de sacolas descartáveis em Manaus por estabelecimentos de pequeno porte, conhecidos popularmente como “mercadinhos” ou “tabernas“, comerciantes e consumidores também terão tempo para se adaptarem às mudanças e, nesse cenário, as ecobags podem ganhar mais espaço, como uma forma prática e econômica para transportar as compras do cotidiano.
Há anos adepta das ecobags, a estudante Pabi Xavier, 29, compartilha sobre a preferência pelas sacolas reutilizáveis. “Eu uso ecobags há anos, justamente, no intuito de substituir as sacolas plásticas e por serem muito úteis, por nos permitir levar muitas coisas, combinam com tudo e tem esse conceito não só de sustentabilidade, mas de praticidade, e tem muito a ver também com essa galera ‘millenial’ que carrega muitas coisas. Acho que ela é um produto que atende muitos públicos“, destaca Pabi.
A estudante também atenta para o preço acessível do produto, geralmente feito de material reutilizado. Segundo Pabi, as sacolas podem ser encontradas em brechós e lojas especializadas em produtos artesanais entre R$ 15,00 e R$ 60,00.
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“Depende muito do tamanho, modelo, cor. Mas é um pequeno investimento que vale à pena, pois o próprio produto se paga pelas quantidades de vezes que dá para usar. Se tiver o cuidado e higienização corretos, a durabilidade é bem grande“, conta a estudante.
O acessório sustentável também se tornou escolha da programadora Jackeline Matos, 24 anos. Ela conta que além de ser adepta da peça, também já chegou a fazer das ecobags uma alternativa para complementar a renda.
“Para mim, a experiência de usar ecobag foi muito boa, não só como consumidora, mas como microempresária também. As ecos, além de trazer praticidade, estilo no dia a dia, não fazem mal ao meio ambiente e são sempre muito confortáveis de se usar“.
Versáteis, com formatos, tamanhos e cores variadas, Jackeline conta que em Manaus ainda que predomine a cultura do uso das sacolas plásticas, o produto tem uma boa saída e acredita que a tendência é que a demanda pelas sacolas alternativas aumente.
“O público, aqui, aceita muito bem, principalmente, quando envolve arte no produto porque aí agrega moda ao conceito. Acho que a tendência é que a procura por elas aumente bastante depois dessa nova lei. É um hábito que, aos poucos, vai sendo criado“, avalia.
Ecobags
Criada em 1997 pela grife Chanel que se voltou a uma bolsa feita com materiais mais sustentáveis, a ecobag se consolidou, em 2007, pelas mãos da designer inglesa Anya Hindmarch que confeccionou seu próprio modelo de pano com a estampa “I’m not a plastic bag”, que quer dizer “eu não sou uma bolsa de plástico”. O modelo pouco tempo depois ganhou espaço no Brasil.
Sobre a lei
A lei, que muda dispositivos da Lei N° 485, de 7 de maio de 2021, publicada em 13 de outubro de 2021, detalha quais estabelecimentos pertencentes a redes de supermercados – ou que tenham mais de 2 mil metros quadrados de área construída individualizada – estão proibidos de venderem ou distribuírem sacolas descartáveis com compostos de polietileno, polipropileno ou similares na capital amazonense. A distribuição gratuita de sacolas biodegradáveis ou retornáveis é permitida.
De acordo com a lei, a partir de 20 de outubro de 2023, daqui a um ano, ficam proibidas a distribuição e a venda de sacolas plásticas de qualquer composição, inclusive, as biodegradáveis, sendo permitida apenas a distribuição gratuita de sacolasretornáveis. Os estabelecimentos comerciais de qualquer tamanho e porte deverão seguir essa determinação.
De acordo com o Atlas do Plástico 2020, o Brasil é o quarto maior País produtor de lixo plástico no mundo. O País produz, em média, 11 milhões de toneladas de resíduos plásticos que contaminam o meio ambiente. Quando o assunto se resume, especificamente, para as sacolas plásticas, os números ficam ainda mais expressivos, de acordo com a Agência de Proteção Ambiental (EPA). A população mundial consome, a cada ano, mais de 3 trilhões de sacolas plásticas. Além disso, uma sacola simples de plástico pode demorar até 100 anos para se decompor.
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