Eleições 2022: Bolsonaro diz que ‘Lula só ganha na fraude’ e chama Renan Calheiros de ‘crápula’

O chefe do Executivo federal discursou na abertura do Fórum de Investimentos Brasil 2021 (Julio Nascimento/Presidência)

Com informações do O Globo

BRASÍLIA – Ao fim de uma semana em que uma pesquisa do Datafolha mostrou vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022 e que a CPI da Pandemia indicar uma demora do governo federal em comprar vacinas, o presidente Jair Bolsonaro atacou nesta sexta-feira Lula e o relator da comissão, o senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Bolsonaro chamou Lula de “bandido” e disse que ele “só ganha na fraude”, ao mesmo tempo em que chamou Renan de “crápula” e criticou os trabalhos da CPI.

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“Um bandido foi posto em liberdade, foi tornado elegível. No meu entender, para ser presidente. Na fraude. Ele só ganha na fraude o ano que vem”, disse o presidente, durante evento de entrega de títulos de propriedade em Terenos (MS).

Bolsonaro fez referência à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que anulou as duas condenações que Lula havia sofrido, o que devolveu a elegibilidade ao ex-presidente. Uma pesquisa do Datafolha, divulgada na quarta-feira, indicou que Lula lidera as intenções de voto para 2022 e venceria Bolsonaro no segundo turno por 55% a 32%.

O presidente voltou a defender o voto impresso e disse que, caso o Congresso aprove a proposta, “outros Poderes” terão que respeitar, em referência ao STF, que já considerou inconstitucional proposta semelhante. 

“E eu tenho falado, se o Congresso Nacional votar e promulgar uma PEC do voto impresso, teremos voto impresso no ano que vem. Eleições dali para frente, só com o voto impresso. Eu respeito as decisões do Parlamento brasileiro. Os outros Poderes também têm que respeitar”, afirmou.

No mesmo discurso, Bolsonaro também criticou a composição e o escopo da CPI da Pandemia, destinada principalmente a investigar omissões do governo na pandemia. Sem mencionar o nome de Renan Calheiros, o presidente lembrou declaração em que o relator disse que o objetivo principal da comissão não é investigar falta de recursos.

“Faz uma CPI com aquela composição que puxa vida, para não falar puxa outra coisa, para apurar omissões no governo federal. Mas na hora de convocar governadores, ela é contra. E o crápula ainda diz: “essa CPI não é para investigar desvios de recursos”, destacou.

Nesta semana, o ex-presidente da Pfizer no Brasil Carlos Murillo e o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten prestaram depoimento e relataram a demora do Brasil em responder as ofertas de vacinas feitas pela farmacêutica.

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