Em Manaus, mulher manda matar marido ‘de olho’ em seguro de vida
Dinorah Belém Pinto Alves, 59 anos (à esquerda), e Luís Pinheiro Alves. (Mateus Moura/ CENARIUM)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium
MANAUS – A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) deu detalhes nesta quinta-feira, 30, da prisão de Dinorah Belém Pinto Alves, 59 anos, e Lucas Lima da Fonseca, 25 anos, por envolvimento no assassinato do motorista de ônibus Luís Pinheiro Alves, 62 anos, em 7 de novembro de 2022. Dinorah e Luís eram casados há 28 anos, e a mulher foi a mentora intelectual do crime por interesse no seguro de vida do companheiro.
Lucas foi preso nessa quarta-feira, 29, em sua residência localizada no bairro Jorge Teixeira, zona Leste de Manaus. Já Dinorah foi presa após se apresentar na sede da Delegacia Especializada e Homicídios e Sequestros (DEHS), no mesmo bairro. A motocicleta e o capacete usados por Lucas para cometer o crime foram apreendidos.
A suspeita, agora presa, cometeu o crime por motivação financeira. “Ela recebeu o seguro de vida da vítima, o FGTS e hoje recebe pensão da vítima. Há motivação financeira, motivo torpe, motivo que qualifica o crime e que é totalmente desproporcional”, concluiu a delegada da DEHS, Débora Barreiros.
Lucas Lima já tem passagem na polícia por roubo e respondia em regime semiaberto. A polícia ainda verifica se a pessoa com quem Dinorah mantém um relacionamento teve participação no crime.
De acordo com a delegada da DEHS, Débora Barreiros, Dinorah tinha um caso extraconjugal há dois anos e pagou R$ 1.500 a Lucas para ele cometer o crime. O contato com o assassino foi feito por meio de um pai de santo identificado como Sidney, amigo de confiança da suspeita.
O crime
O motorista foi assassinado por volta das 4h da manhã, enquanto saia de casa, no conjunto Ouro Verde, bairro Coroado, zona Leste da capital amazonense. Foi nesse momento que Luís foi surpreendido por Lucas, que deu tiros na cabeça da vítima.
Veja o vídeo do crime:
Após o crime, Dinorah tentou, de acordo com a delegada, confundir as investigações ao afirmar que o marido foi vítima de latrocínio, mas os policiais identificaram versões contraditórias no depoimento da suspeita.
“Ela [a esposa] apresentou versões muito contraditórias que começaram a chamar a atenção da investigação”, disse a delegada. “Dizia que tinha saído meia hora antes do marido para ir ao médico, e chegando ao médico não pode ser atendida porque não teria a documentação e quando voltava para casa, teria se deparado com o marido morto e o carro do IML [Instituto Médico Legal]”.
Contradições
As investigações, no entanto, mostraram a contradição do relato da esposa da vítima. Após verificar câmeras do local, os policiais identificaram que ela não dormiu em casa. Foi a partir daí que o relacionamento extraconjugal foi descoberto.
“A Dinorah tinha um relacionamento extraconjugal há cerca de dois anos e tramou a morte do marido. Com o auxílio do Sidney, que é pai de santo e está sendo procurado, contactou Lucas, que era sushiman, e a pessoa que aparece no vídeo executando a vítima. Ele confessou o crime e confirmou que recebeu, das mãos da Dinorah e por intermédio do Sidney, a quantia de R$ 1.500”, explicou Débora Barreiros.
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