Em meio a seca e ciclone, supercomputador promete revolucionar previsão climática

Tupã, supercomputador do Inpe, deve ser substituído (Foto: Divulgação/Inpe)
Da Revista Cenarium Amazônia

BRASÍLIA – O governo brasileiro está em processo de aquisição de um supercomputador que promete ser mais assertivo na previsão e monitoramento do clima. A tecnologia dará lugar ao Tupã, equipamento responsável por boa parte da previsão do tempo no País atualmente. O novo sistema, que deverá custar R$ 200 milhões, pode permitir a previsão mais antecipada de eventos climáticos extremos, como a seca na Amazônia e o ciclone no Rio Grande do Sul.

A aquisição ocorre em um momento de eventos climáticos extremos na América do Sul. A Bolívia enfrenta focos de queimadas que afetam também o Oeste do Brasil. O Centro-Oeste brasileiro sofre com uma onda de calor intensa, com altas temperaturas. Cuiabá registrou 44,2ºC, sua temperatura mais alta em 112 anos. O Pantanal enfrenta um aumento nos focos de incêndio. Enquanto isso, a região Sul do Brasil experimenta chuvas intensas e tempestades, causando inundações e estragos em várias cidades.

Região afetada por ciclone do Rio Grande do Sul (Silvio Avila/AFP/Getty Images)

Eventos como estes poderão ser previstos com mais antecedência, para garantir que os gestores adotem políticas públicas mais eficazes. Isso porque os cientistas poderão ter uma visão mais detalhada do comportamento da atmosfera. A máquina será operada pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), órgão do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe).

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Seca na Amazônia (Divulgação/Nasa)

A aquisição desse equipamento faz parte do Projeto de Renovação da infraestrutura de supercomputação (Risc) do Inpe, que visa modernizar as operações e tecnologias de previsão meteorológica do Cptec, sediado em Cachoeira Paulista, São Paulo.

Isso inclui não apenas o supercomputador, mas também sistemas de armazenamento de alta densidade, melhorias na infraestrutura de suporte e o desenvolvimento de um novo modelo matemático chamado Monan para previsões atmosféricas, o que representa um avanço significativo em relação ao supercomputador Tupã, utilizado anteriormente.

*Com informações da assessoria
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