Em Rondônia, seca extrema do Rio Madeira pode isolar ribeirinhos de Porto Velho

Cenário aumenta possibilidade das comunidades locais, ficarem totalmente isoladas (Divulgação)
Daniela Castelo Branco – Da Revista Cenarium Amazônia

PORTO VELHO (RO) – A prefeitura de Porto Velho decretou nessa quinta-feira, 19, estado de emergência por conta da diminuição alarmante no nível do Rio Madeira, situação essa que agrava mais ainda as condições precárias das comunidades ribeirinhas que ainda sofrem com o desabastecimento de água potável para consumo. De acordo com a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd), pelo menos 15 mil pessoas já são afetadas pela falta de água na região às margens do Madeira

Em resposta a essa situação calamitosa vivida pela população ribeirinha e para a população portovelhense que utiliza o acesso do rio para transportes, a Coordenadoria Municipal de Proteção e de Defesa Civil (Compdec), órgão ligado à Superintendência Municipal de Desenvolvimento Distrital (SMD), elaborou um relatório com informações acerca da diminuição do nível do Madeira e as consequências da seca extrema que o município enfrenta. A Agência Nacional das Águas e Saneamento Básico (ANA) publicou resolução onde declara a situação crítica de escassez de recursos hídricos no rio Madeira.

“De posse desse relatório e em conjunto com informações trazidas por outros órgãos, não nos restou outra alternativa senão declarar situação de emergência e determinar que a Defesa Civil, em parceria com as demais secretarias do município, façam a mobilização necessária para assistir às comunidades ribeirinhas, tão afetadas pela grave crise hídrica. Vamos trabalhar para garantir água potável, comida, remédios e os demais serviços básicos que asseguram a dignidade humana”, disse o prefeito Hildon Chaves.

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Pelo menos 15 mil pessoas já são afetadas pela falta de água na região às margens do Madeira (Divulgação)

O relatório  esclarece que o cenário de extrema seca, além de riscos de desastres, principalmente na região do baixo Madeira, faz com que se aumente a possibilidade das comunidades locais, ficarem totalmente isoladas por causa da falta de navegabilidade.

Outra situação alertada pela Defesa Civil é de que há riscos de desastres naturais que pode agravar ainda mais quando: a falta de água, o transporte de alimentos e medicamentos, além de afetar o sistema educacional devido à suspensão das atividades escolares.

O Decreto 19.458 de 18 de outubro de 2023 entrou em vigor na data de sua publicação, com prazo de vigência até 30 de novembro de 2023 e pode ser prorrogado.

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Leia o decreto na íntegra:
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