Em visita ao AM, secretário de Economia Verde reafirma compromisso com bioeconomia da Amazônia

Ívina Garcia – Da Revista Cenarium

MANAUS – O Secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, Rodrigo Rollemberg, destacou o compromisso do governo federal com a bioeconomia e a Zona Franca de Manaus (ZFM) durante reunião na sede da Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam), realizada na noite de quarta-feira, 18.

Responsável pela nova pasta criada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Rodrigo cumpriu agenda, em Manaus, e conversou com empresários a respeito de projetos desenvolvidos na Amazônia para adensamento das cadeias produtivas da região. Durante o encontro, foram apresentados as principais demandas da região, como infraestrutura e investimentos.

Rodrigo firmou o compromisso em defender os interesses, na região, e levar as solicitações a Brasília. “Os incentivos [fiscais] cumprem um papel muito importante para o desenvolvimento da região e as demonstrações estão aí. Contra fatos não há argumentos e o que eu puder ajudar e puder dar essa contribuição, em Brasília, eu vou contribuir“, pontuou sobre a Zona Franca de Manaus.

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Rodrigo destacou, durante a reunião, que planeja visitar mais vezes os Estados da Região Norte, para estar alinhado, ideologicamente, com as pessoas que moram e empreendem na região. “Tive, hoje, a oportunidade de ouvir as diferentes visões do setor produtivo, da comunidade científica, do governo estadual, da Suframa. Então, saio daqui muito enriquecido”, disse.

O presidente da Fieam, Antonio Silva, destacou que, a partir de agora, nada será resolvido sem a participação da sociedade amazônica. “Vamos ter um trabalho, sim. Temos que ver como estão sendo os desenhos sobre a Reforma Tributária. Mas nada será feito sem que possamos ser ouvidos. Nós queremos ser ouvidos e colocar a eles todos que o modelo da Zona Franca é exitoso, e ele não é Zona Franca do Amazonas, é Zona Franca do Brasil”, ressaltou o presidente.

Bioeconomia

Além da Zona Franca, Rollemberg destacou a conquista da personalidade jurídica do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), com decreto assinado no último dia 3 de maio pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que garante mais investimentos para as cadeias produtivas, agregando valor e gerando novas tecnologias industriais.

A partir da assinatura, o CBA deixou de ser vinculado à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e passa a ser gerido pelo consórcio liderado pela Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (Fuea), em conjunto com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT-SP). “Essa foi uma prioridade definida pelo vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, logo que assumiu, que era garantir essa maior flexibilidade na gestão do CBA“, respondeu à reportagem.

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Durante a reunião, a funcionária mais veterana e coordenadora-geral de Assuntos Estratégicos da Suframa, Ana Maria Souza, lembrou que, assim como quando a Suframa nasceu, o CBA precisará fazer busca ativa. “Quando a Suframa começou, nós precisamos sair daqui para buscar as empresas, agora, vamos ter que refazer esse caminho com o CBA. O principal de tudo é pensar, agora, qual será essa primeira empresa“, pontuou.