Empresário de Rondônia é preso em São Paulo suspeito de mineração ilegal na Amazônia

O empresário Dirceu Santos Frederico Sobrinho em vídeo no qual declara ser o dono dos 77 quilos de ouro apreendidos pela Polícia Federal em São Paulo (Reprodução)
Com informações do Infoglobo

SÃO PAULO – A Polícia Militar de São Paulo prendeu neste domingo, 18, o empresário Dirceu Santos Frederico Sobrinho, em uma blitz em Moema, Zona Sul da capital. Presidente da Associação Nacional do Ouro (Anoro), ele é suspeito de mineração ilegal em terras indígenas na Amazônia.

Em nota, a corporação informou que recebeu o alerta, por meio do Sistema Detecta, sobre a localização do veículo Porsche, azul, cujo proprietário era procurado pela Justiça. Os agentes encontraram o carro estacionado e realizou a abordagem de Frederico Sobrinho.

Segundo a polícia, ele tinha um mandado de prisão temporária de cinco dias expedido contra ele pela Polícia Federal de Rondônia. O processo corre em sigilo.

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Após a prisão, ele foi levado para a carceragem da Polícia Federal de São Paulo, na Lapa, onde permanece preso à disposição da Justiça.

Em maio, a Polícia Federal apreendeu, no interior paulista, um carregamento de 77 quilos de ouro avaliado em R$ 23 milhões. Conforme noticiado pelo GLOBO, Frederico Sobrinho demorou três dias para vir a público dizer, em um vídeo postado em redes sociais, que é o dono da carga. Na época, o suspeito alegou que o metal era legal e pertencia a uma de suas empresas, a FD’Golg DTVM.

O ouro estava sendo transportado por policiais militares que foram detidos. Dois deles, o tenente-coronel Marcelo Tasso e o sargento Gildsmar Canuto, são lotados na Casa Militar, órgão responsável pela segurança do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB). Também foram presos na ocasião Wilson Roberto de Lucca e Marcos Pereira dos Santos. O governo estadual afirmou, na ocasião, que Tasso estava afastado desde outubro do ano passado, para gozar de licenças, antes de se aposentar, e que Canuto foi afastado.

A Polícia Federal abriu inquérito para averiguar se houve prática dos crimes de usurpação de bens da União e receptação dolosa. Segundo documentos apreendidos, a carga de ouro saiu do Mato Grosso e Pará.

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