Início » Polícia » Empresário suspeito de sobrepreço de oxigênio aos Yanomami se entrega à PF
Empresário suspeito de sobrepreço de oxigênio aos Yanomami se entrega à PF
Operação foi deflagrada na última quarta-feira, 6 (Foto: Divulgação/PF)
Compartilhe:
11 de setembro de 2023
Winicyus Gonçalves – Da Revista Cenarium Amazônia
BOA VISTA (RR) – O empresário Roger Pimentel se entregou à Superintendência da Polícia Federal (PF) em Roraima nesse domingo, 10. Ele estava foragido da Justiça desde a última quarta-feira, 6, após ser um dos alvos de operação que investiga possível superfaturamento de oxigênio e insumos hospitalares que seriam destinados a indígenas Yanomami em Roraima.
Pimentel chegou a Boa Vista em um voo durante a madrugada e se apresentou à PF acompanhado de uma advogada.
O empresário está detido no Comando de Policiamento da Capital (CPC) da Polícia Militar de Roraima (PMRR) e, conforme informações apuradas pela REVISTA CENARIUM AMAZÔNIA, ele prestou depoimento, mas não respondeu às perguntas e ficou em silêncio. Em audiência de custódia, a Justiça manteve a prisão preventiva do empresário por tempo indeterminado.
PUBLICIDADE
A CENARIUM apurou ainda que ele chegou a solicitar um médico para atendê-lo no local, mas o pedido foi negado pelo Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR). Pimentel chegou a Roraima com aparelho celular e chips novos.
Antes de se entregar à PF, o empresário se encontrou em Brasília com a secretária de Saúde de Roraima, Cecília Lorenzon, e o marido dela, Wilson Fernando Basso, que também foi alvo da Operação Hipóxia, deflagrada na última quarta-feira, 6.
Operação Hipóxia
Contra o empresário, havia um mandado de prisão preventiva, no âmbito da operação, que cumpriu outros dez mandados de busca e apreensão. Um deles contra Wilson Fernando Basso. Conforme a Controladoria-Geral da União (CGU), a ação ocorreu para combater irregularidades na aquisição de serviços de recarga de oxigênio pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Yanomami).
As investigações começaram após denúncia no Ministério Público Federal (MPF) de possível fraude em pregão eletrônico realizado em 2022. O objeto era a contratação de recarga de oxigênio.
Desse modo, a partir do pedido do MPF, a CGU realizou análise da licitação e constatou, dentre outras irregularidades, desqualificação indevida de licitante, ausência de separação de funções e superfaturamento devido à entrega em quantidade menor do produto. Como resultado das investigações, os auditores apuraram prejuízo de R$ 964.544,77, correspondendo a 89,89% do valor pago.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.