Equipamentos de garimpeiros são destruídos por militares em território Yanomami

Agentes federais explodem equipamentos de garimpeiros em Território Indígena Yanomami (Divulgação)
Da Cenarium*

MANAUS (AM) – Cinco acampamentos montados por garimpeiros ilegais foram destruídos durante a segunda fase da Operação Catrimani 2, em Território Indígena Yanomami, em Roraima. A ação foi realizada na sexta-feira, 21, e no sábado, 22. Participaram da ação militares das Forças Armadas, Polícia Federal (PF) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiental e dos Recursos Renováveis (Ibama).

A operação dos agentes federais ocorreu nos garimpos Feijão Queimado e Hakoma. Ao todo, foram empregados 12 militares, dois integrantes do Ibama e dois agentes da PF. Os acampamentos já estavam esvaziados quando os militares chegaram. Na fuga, os garimpeiros deixaram para trás equipamentos de cozinha, refrigeradores, roupas e tendas grandes.

Segundo os militares, a estrutura dos acampamentos indicava que os espaços eram usados para permanência a longo prazo. Na operação foram destruídos nove motores de barcos e cinco geradores de energia usados pelos garimpeiros nas atividades ilícitas.

PUBLICIDADE

A ação faz parte da Operação Catrimani 2, coordenada pelo Ministério da Defesa e realizada em articulação com a Casa de Governo, responsável pela atuação do Governo Federal em Terra Indígena Yanomami“, disse o ministério, em nota.

Vista aérea durante ação de militares em Terra Indígena Yanomami (Divulgação)

A Operação Catrimani foi aberta pela Defesa em janeiro, como desdobramento das ações implementadas pelo Governo Federal em 2023 para combater o garimpo ilegal na TI Yanomami. O objetivo é interromper a logística das atividades garimpeiras e apoiar a Casa de Governo, criada pela gestão petista para atender a população indígena.

A primeira fase da operação durou de janeiro a março e enviou 360 toneladas de suprimentos para 236 comunidades indígenas. A segunda fase da Catrimani começou em abril e segue em operação com mais de 800 militares.

A atuação das Forças Armadas na proteção da Terra Indígena Yanomami foi criticada no início do ano. O emprego dos militares foi intenso nos primeiros meses de 2023, com o fechamento do espaço aéreo. Na época, milhares de garimpeiros deixaram o território indígena e a água barrenta nos rios mudou de cor com a redução da extração do minério.

O avanço no primeiro semestre do ano passado sofreu revés após os militares esvaziarem seus efetivos no território. O fim do ano marcou a  retomada da força da extração ilegal de ouro e cassiterita na região.

Leia mais: Operação apreende 13,7 toneladas de cassiterita do garimpo ilegal em Terra Yanomami
(*) Com informações da Folhapress
PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.