Operação destrói cidade do garimpo ilegal com avião e restaurante com Wi-Fi

Durante a operação, agentes encontraram cartaz de bingo com prêmios valiosos na região do garimpo. (Reprodução/Ibama)
Bianca Diniz – Da Revista Cenarium

Boa Vista (RR) – Uma operação conjunta entre o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizada no último sábado, 8, descobriu uma pequena cidade estruturada pelos garimpeiros ilegais na região do Homoxi, na pista do Jeremias, na Terra Indígena Yanomami (TIY). A fiscalização foi realizada após a prisão de dois pilotos na última quinta-feira, 6.

Garimpeiros modificaram a identificação da aeronave. (Divulgação/Ibama)

Na operação, os agentes encontraram uma base administrativa, restaurante com Wi-Fi, além disso, um avião com identificação adulterada e modens de internet via satélite, que foram destruídos no local. Um cartaz de bingo também foi encontrado. As cartelas custavam cinco gramas de ouro, equivalente a R$ 1.630, com iPhone 11 e veículo modelo HB20 Veloster como prêmios. 

Bingo era comprado com gramas de ouro. (Divulgação/Ibama)

Os agentes encontraram outras evidências na região, como um quadro de horários de refeições e área restrita para funcionários. Antes, o local era utilizado pela Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI) de Homoxi, que atendia mais de 600 indígenas das comunidades próximas.

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Combate ao garimpo ilegal

Desde fevereiro deste ano, as operações compostas pela Força Nacional, Ibama, Funai, Ministério da Defesa e Polícia Federal estão atuando contra o garimpo ilegal na região com objetivo de destruir toda a estrutura usada pelos garimpeiros e interromper o envio de suprimentos e o possível fluxo de minério extraído ilegalmente. 

Agentes trabalham em conjunto, na região do garimpo ilegal. (Reprodução/PRF)

Impactos

De acordo com o Ibama, a extração de minério sem autorização causa danos significativos à biodiversidade da região, além de ter efeitos negativos na saúde e na cultura dos povos indígenas que habitam o local, podendo levar à violência, conflitos armados e à devastação ambiental. Essa atividade ainda contribui para o aumento do desmatamento, da poluição dos rios, causada pelo uso do mercúrio, e para a redução da caça e pesca, prejudicando os recursos naturais vitais para a sobrevivência dos indígenas.

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