Início » Meio Ambiente » Espécie encontrada apenas na região de Manaus, sauim-de-coleira fica mais ameaçado com desmatamento
Espécie encontrada apenas na região de Manaus, sauim-de-coleira fica mais ameaçado com desmatamento
O sauim-de-coleira tem uma faixa branca de penugem na metade superior do peito e que acaba no pescoço. (Reprodução/ Instituto Sauim-de-Coleira)
Compartilhe:
22 de maio de 2022
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium
MANAUS — O sauim-de-coleira é um pequeno primata que pesa entre 450g e 550g. O mamífero, que tem como característica uma faixa branca de penugem na metade superior do peito e que acaba no pescoço, é uma espécie endêmica restrita à região de Manaus, se estendendo a Rio Preto da Eva e Itacoatiara, cidades do Amazonas. Ou seja, é apenas nessa região da floresta amazônica onde esse animal vive e se reproduz. Mas o desmatamento e destruição de fragmentos florestais colocaram o sauim no ranking das espécies criticamente ameaçadas de extinção.
No Dia Mundial da Diversidade Biológica, comemorado em 22 de maio, a REVISTA CENARIUM mostra um pouco da preocupante realidade da espécie, que tem seu habitat ameaçado e destruído rotineiramente.
Os animais dessa espécie vivem, hoje, em uma área reduzida de apenas 7,5 mil km², segundo o Instituto Saium-de-Coleira, uma organização não governamental que tem por finalidade desenvolver ações de pesquisa científica, conservação, educação ambiental e articulação de políticas públicas para a proteção do sauim-de-coleira e de seu hábitat.
PUBLICIDADE
“A principal ameaça a esta espécie é a perda, fragmentação e degradação do habitat. A sua distribuição, além de restrita, coincide com o eixo de desenvolvimento Manaus/Itacoatiara. (…) Assim, todos os anos os sauins veem a sua floresta sendo substituída por assentamentos humanos, pastos, plantações e grandes obras de infraestrutura. E o impacto dessa ocupação do espaço pelo homem acaba por promover um desmatamento contínuo e acelerado, levando à morte milhares de sauins”, diz o Instituto Saium-de-Coleira.
A perda de habitat dos sauins também obriga esses animais a viverem próximos a ocupações urbanas. “Num mundo de cimento e asfalto, esse pequeno primata precisa lidar com ruas e avenidas, intenso tráfego de veículos, redes elétricas, animais domésticos e homens, nem sempre amigáveis ou bem intencionados”, pontua também o instituto.
Outro projeto que visa a proteção desses animais é o Projeto Sauim-de-Coleira, que atua com o monitoramento de grupos dessa espécie, encontrados nos fragmentos na cidade e floresta contínua tanto em Manaus quanto nos outros dois municípios, buscando informações sobre a biologia dessa espécie.
“Um dos métodos adotados para minimizar os atropelamentos [dos animais, dentro da universidade] por exemplo é a construção de passarelas onde os pequenos mamíferos as utilizam para atravessar a avenida dentro do campus”, disse ela.
“Além de criação de mudas de árvores frutíferas e de espécies pioneiras para plantio em fragmentos desmatados anteriormente visando a recuperação da área degradada, dentro do próprio campus existem várias áreas que o projeto fez o plantio e faz o monitoramento para que não ocorra a derrubada das mesmas”, concluiu ela.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.