Vítima fatal da Covid-19 antes da vacina, presidente da FVS/AM recebe homenagens nas redes sociais

Ex-presidente da FVS-AM, Rosemary Pinto. (Reprodução/ Internet)

Victória Sales – Da Revista Cenarium

MANAUS – Uma das pioneiras e principais combatentes da Covid-19 no Amazonas, a ex-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), Rosemary Costa Pinto, completa um ano de sua partida, neste sábado, 22. A profissional foi vítima da doença e dedicou grande parte do seu tempo para salvar vidas. Conhecida como Dra. Rose, foi uma grande atuante na Saúde do Estado em 2019 e 2020.

Em um publicação nas redes sociais, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), aproveitou o momento para deixar sua homenagem. “Hoje faz um ano que perdemos a Dra. Rosemary Costa Pinto, nossa maior referência no enfrentamento à pandemia de Covid-19 e a tantas outras endemias. Minha estimada Dra. Rose, seu legado ficou eternizado no nome da fundação para a qual a senhora dedicou grande parte da vida e suas orientações vivem em cada um de nós”, declarou.

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O perfil oficial do governo do Estado também fez uma homenagem para a farmacêutica. “Já se passou um ano, mas os ensinamentos de Rosemary Costa Pinto seguem guiando o Amazonas no combate à Covid-19. Na luta para salvar vidas, Dra. Rose – como a chamávamos – foi incansável. Trabalhou arduamente como diretora-presidente e combatente da linha de frente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-RCP)”.

Rosemary morreu no dia 22 de janeiro de 2021, aos 61 anos, mesmo período em que o Estado enfrentava a segunda onda da Covid-19, onde registrou os piores números de internações e óbitos. Naquela época, o Governo do Amazonas descreveu a farmacêutica como “uma das bússolas do Amazonas na interpretação dos dados da pandemia no Estado”. Foi Rosemary quem divulgava todos os dias os números que envolvia a doença no local.

A especialista em saúde foi uma das principais representantes que sempre pedia para que a população do Estado seguisse as medidas de restrição como o uso de máscara, o uso de álcool em gel e o distanciamento social. Rosemary morreu em um período em que as vacinas contra a Covid-19 ainda não haviam sido direcionadas ao Amazonas, e por isso acabou não resistindo à doença.

Trajetória

Dra. Rose, como era conhecida, era farmacêutica bioquímica de formação, epidemiologista de carreira da Fundação de Vigilância em Saúde. Rosemary era formada pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/Fiocruz). Era especialista em informação e informática em saúde pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com mais de 25 anos de experiência.

Foi atuante como gerente de epidemiologia e como diretora de vigilância em saúde da Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam). Além disso, Rosemary foi docente e membro da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e da Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo (Proepi).

Em dezembro de 2020, Rosemary recebeu a medalha de Ordem do Mérito do Governo do Amazonas, em reconhecimento pelo trabalho ofertado no combate à pandemia da Covid-19. Já em outubro do mesmo ano, Dra. Rose recebeu o Diploma de Honra ao Mérito pelos serviços prestados ao povo amazonense durante a pandemia, pelo Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM).

FVS-AM

Em julho de 2021, a FVS-AM recebeu o nome da epidemiologista. Na ocasião, o governador do Estado, Wilson Lima, destacou a importância da ex-presidente para o enfrentamento da pandemia da Covid-19 no local. “A Dra. Rosemary foi fundamental no enfrentamento à Covid-19 no momento em que nós não tínhamos conhecimento sobre esse vírus”, contou.

Governador do Amazonas e a ex-presidente da FVS-AM, Rosemary Pinto (Divulgação)

“Ela falava não só com a autoridade do cargo que ocupava, mas com autoridade de quem se dedicava à vigilância em saúde. Ela era alguém que se preocupava com o próximo, alguém que se preocupava com a família e ela, literalmente, deu a vida por isso daqui”, disse o governador. De 2013 a 2019, Dra. Rose ocupou a diretoria técnica da instituição.

“A Dra. Rose ensinou muito para todos nós, ela só não ensinou a gente a conviver com a ausência dela. Por outro lado, o legado dela nos traz um alento e nos traz uma responsabilidade de manter de pé toda aquela força que ela tinha no enfrentamento dos agraves e nas ações de vigilância. Então, é com a cabeça erguida que a família FVS tem levado o nome dela, e agora eternizado por meio desta homenagem”, disse o atual diretor-presidente da fundação, Cristiano Fernandes.

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