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Exposição no Jardim Botânico reúne obras nunca apresentadas ao público
'Commentarii in sex libros Pedacci Dioscordis Anazarbei De medica materia', de Pietro Andrea Mattioli (Divulgação/JBRJ)
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10 de julho de 2023
RIO DE JANEIRO (RJ) – Para marcar os 133 anos da Biblioteca Barbosa Rodrigues, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) promove, até a próxima sexta-feira, 14, a mostra Recortes de Memória, com vários itens jamais apresentados ao público. A obra mais antiga do acervo, datada de 1565, “Commentarii in Sex Libros Pedacci Dioscordis Anazarbei De Medica Materia”, de Pietro Andrea Mattioli, sobre botânica médica, faz parte da mostra.
De acordo com o JBRJ, o livro traz ilustrações e descrições de plantas, animais e minerais que eram utilizados para fins terapêuticos no século 16. Além da biblioteca do Jardim Botânico, apenas a Biblioteca Nacional possui a obra em seu acervo.
A exposição apresenta também a obra Hesperides Siue De Malorum Aureorum Cultura et Usu Libri Quatuor, edição de 1646, de Giovanni Battista Ferrari, sobre ilustração botânica, em especial, frutas cítricas. Entre as obras raras está ainda a L’uirarêry, ou, Curare: Extraits et Complément des Notes d’un Naturaliste Brésilien”, de João Barbosa Rodrigues, edição de 1903. No livro, o botânico brasileiro expôs suas pesquisas sobre o curare, iniciadas à época de sua primeira viagem ao vale do Amazonas, em 1873, e a disputa que manteve com o médico e pesquisador do Museu Imperial de História Natural João Batista de Lacerda, em fins do século 19, sobre o antídoto do curare.
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O veneno tem uma ação paralisante e é utilizado por alguns povos indígenas nas pontas das flechas e dardos lançados pelas zarabatanas para a caça. O curare é preparado em um ritual conduzido pelo curandeiro da tribo, com a utilização de diferentes tipos de lianas e raízes, em sua composição, responsáveis pela toxicidade do veneno.
A Biblioteca Barbosa Rodrigues possui um acervo de cerca de 110 mil volumes, entre livros, periódicos, iconografia, dissertações e teses na área de botânica e correlatas, sendo a maior da América Latina. Do total, há 4 mil obras raras sobre botânica datadas dos séculos 16 ao 20. No início, contou com obras pertencentes a D. Pedro II, doadas pela família imperial a João Barbosa Rodrigues, então diretor do JBRJ.
A mostra pode ser visitada até sexta-feira, das 8h às 12h e das 13 às 17h, e tem entrada gratuita. A biblioteca fica no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, na rua Jardim Botânico, 1.008, Zona Sul da cidade.
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