Fazendeiros atacam comunidade indígena e incendeiam maloca em Roraima, denuncia organização

Este foi o terceiro ataque deste tipo na Comunidade Indígena Pium, afirmou o CIR. (Reprodução/ Facebook)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS — O Conselho Indígena de Roraima (CIR) denunciou neste sábado, 4, por meio das redes sociais, que a Comunidade Indígena do Pium, localizada no município roraimense de Alto Alegre, foi atacada a mando de fazendeiros. Segundo a publicação, o “malocão” comunitário onde ocorreria uma reunião nos próximos dias, foi queimado.

O CIR afirmou ainda que “jagunços”, como são popularmente chamados os que trabalham para os fazendeiros, estão impedindo as lideranças de construírem no local. “As lideranças viram o barracão em chamas e acabaram registrando o lamentável ataque”, disse a organização.

Publicação do CIR no Facebook. (Reprodução/ Facebook)

Nas fotos compartilhadas pelo CIR, é possível ver a estrutura do que seria o “malocão” queimando enquanto pessoas tentam apagar o fogo ou observam a queimada. Outras imagens mostram pedaços da estrutura, como telhas e madeira, derrubados amontoados no chão. O CIR afirmou também que ainda não foram informados se houve feridos ou a quantidade dos materiais perdidos.

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Por fim, a publicação informa que este foi o terceiro ataque deste tipo na Comunidade Indígena Pium, e que a assessoria Jurídica do CIR encaminhará as denúncias aos órgãos competentes para que sejam tomadas as devidas providências.

O Estado de Roraima ultrapassou o Pará e passou a ser a Unidade Federativa (UF) com mais áreas indígenas sob pressão de desmatamento e exploração por parte do garimpo ilegal e fazendeiros no primeiro trimestre de 2022. É o que indica o estudo publicado no dia 18 de maio pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

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