Futebol às escuras: após corte de energia em estádios do Amazonas, secretaria esportiva tenta negociar dívidas

Ívina Garcia – Da Revista Cenarium

MANAUS – Com a abertura do maior campeonato de futebol amazonense, o “Barezão“, marcada para este final de semana na Arena da Amazônia, a Fundação Amazonas de Alto Rendimento (Faar) tenta negociar dívidas milionárias com a concessionária de energia que resultaram no corte de fornecimento do estádio que foi sede da Copa do Mundo 2014 e das Olimpíadas Rio 2016.

A Arena Amadeu Teixeira, palco de competições poliesportivas, também teve a energia elétrica cortada pela falta de pagamentos na manhã de terça-feira, 24.

Conforme a Amazonas Energia, os débitos datam de 2016 e superam o valor de R$ 39 milhões para as duas unidades esportivas. A concessionária afirma que tentou negociar a dívida e efetuou inúmeras notificações prévias, mas que por conta da falta de resposta, executou o corte das unidades.

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Em nota, a empresa informou que “a Arena da Amazônia, durante todo o ano de 2022, acumulou uma série de eventos realizados, movimentando novamente o local e enchendo o estádio de pessoas sem, no entanto, promover o pagamento das contas de luz mensais, acumulando dívidas mês a mês“.

O corte por inadimplemento precedida de comunicação está prevista no art. 360 da Resolução nº 1.000/2021 – ANEEL, e segundo a Amazonas Energia, foi enviada de forma escrita ao governo do Estado.

Negociações

Por outro lado, a Fundação Amazonas de Alto Rendimento (Faar), instituição responsável pela administração das arenas, comunicou por meio de nota que desde julho de 2022 tentava negociar a regularização para quitar débitos contraídos desde 2008.

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A instituição ainda revelou que a maior parcela das dívidas foi contraída nas gestões anteriores, mas que segue fazendo pagamentos e está aberta para novas negociações. “A Faar busca um acordo para as pendências, inclusive, considerando as dívidas acumuladas que a Amazonas Energia possui com o Estado, superiores às devidas pela Fundação“.