Governo de São Paulo oficializa lançamento do fundo de R$ 100 mi para pesquisa na Amazônia

João Dória assina acordo do projeto Amazônia+10 (Divulgação/Governo de São Paulo)
Wesley Diego – Da Revista Cenarium

SÃO PAULO – O Estado de São Paulo lançou nesta segunda-feira, 1º, o projeto Amazonia+10 que investirá, por meio da Fundação de Amparo a Pesquisa de São Paulo (Fapesp), R$ 100 milhões em projetos de pesquisas focados nos Estados da Amazônia Legal. A iniciativa foi apresentada na Conferência das Nações Unidas Sobre Mudança Climática (COP26) que acontece em Glasgow, Escócia. A intenção do governo paulista é captar na COP26 mais recursos com parceiros privados, governos e organizações internacionais durante a conferência e chegar até R$ 500 milhões.

Durante coletiva de imprensa, o governador João Doria (PSDB) disse que todos os Estados brasileiros têm responsabilidade pela Amazônia. “A região amazônica é parte do Brasil, todos nós temos responsabilidade sobre o Brasil. Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste… nós todos temos responsabilidade compartilhadamente com vocês que representam a região amazônica. Demos um modesto, mas positivo passo nesse sentido”, declarou Doria.

Reunião entre os representantes da Fapesp e dos Estados amazônicos com João Doria (Divulgação/Governo de São Paulo)

O fundo é uma parceria entre São Paulo e os nove Estados da Amazônia Legal; Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, para promover a ciência, tecnologia e inovação na região. Serão financiados prioritariamente projetos nas áreas de biodiversidade, mudanças climáticas, proteção de povos indígenas, bioeconomia e desafios urbanos da Amazônia Legal. O edital para selecionar pesquisadores sairá dentro de um mês.

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O presidente da Fapesp, Marco Antonio Zago, acredita que é hora de investir em pesquisa para frear as mudanças climáticas e previnir novas pandemias: “O que nós precisamos é de ação. É por isso que lançamos hoje, agora, um fundo para apoioar pesquisas ambiciosas na Amazônia. Está é uma demonstração clara que os cientistas, os governos subnacionais e os empresários do Brasil estão empenhados em uma agenda verde. É uma grande oportunidade para todos ajudarem a salvar o planeta”, disse Zago.

SP na contramão do governo federal

O governo federal determinou um corte de R$ 600 milhões de recursos de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Para Patricia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, afirmou à CENARIUM após o evento em Glasgow, que o recurso chega em boa hora.

“Eu, como presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais da Ciência e Tecnologia do Brasil, também posso dizer que esse recurso vem em uma hora muito importante e urgente. Houve o contigenciamento de recurso da Ciencia e Tecnologia, então nós precisamos desses recursos (Amazonia+10) para investir na Amazônia”, disse Patrícia.

Patricia Ellen ao lado de João Doria em reunião com o conselho da Amazônia+10 ( Divulgação/Governo de São Paulo)

Patricia vai coordenar juntamente com a Fapesp os recursos para os Estados da Amazônia Legal. “Os secretários estaduais mencionaram que o recurso é relevante, urgente e o modelo de gestão que parte da Amazônia para a Amazônia é fundamental. Não é um outro Estado ou uma outra fundação definindo as prioridades, e sim os Estados da Amazônia Legal definindo essas prioridades de forma colaborativa alavancando todas as universidades públicas, estaduais, federais… são todos os pesquisadores unidos numa causa comum”.

Ela finaliza reforçando a fala de união do governador João Doria: “A Amazônia é o maior ativo ambiental do mundo, é o maior ativo ambiental e humano do Brasil e cabe a nós, brasileiros, nos unirmos para que a Amazônia seja preservada”, finalizou.

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