Governo do AM começa a pagar ‘Bolsa Moradia’ para desabrigados pela chuva

O pagamento da bolsa, no valor de R$ 550, começa a ser feito na segunda-feira, 27 (Chico Batata/Reprodução)
Da Revista Cenarium*

MANAUS – O Governo do Amazonas irá disponibilizar bolsa moradia transitória para as famílias cadastradas no Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin+) da Comunidade da Sharp, no bairro Armando Mendes, Zona Leste, e Manaus 2000, na Zona Sul, que tiveram suas moradias afetadas pela chuva da manhã desse sábado, 25, em Manaus. O pagamento da bolsa, no valor de R$ 550, começa a ser feito na segunda-feira, 27.

A Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), responsável pelo Prosamin+, está prestando assistência às famílias. Já a Superintendência Estadual de Habitação (Suhab) vai acelerar o processo de reassentamento para essas famílias que perderam suas casas.

“A área que foi atingida pelo deslizamento, hoje, é uma área que já está em atendimento de desapropriação. Nós vamos antecipar a retirada dessas famílias, por meio da solução da Bolsa Moradia Transitória. Todas as famílias que forem atendidas, definitivamente, ou com unidade habitacional, ou com bônus moradia, vão, agora, pela condição emergencial, para o aluguel, até que todo o trâmite processual ocorra para o atendimento definitivo. Tudo isso já estava previsto, porém, agora, vai ser agilizado para um prazo bem mais curto, para que a gente tire as famílias o mais rápido possível”, disse a subcoordenadora Social da UGPE, Viviane Dutra.

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Atendimento

Até o início da tarde de sábado, mais de 220 famílias da Comunidade da Sharp e da Manaus 2000 tinham sido atendidas em escolas localizadas nessas áreas, para onde foram levadas provisoriamente. Elas já estavam com seus processos de reassentamento adiantados na Suhab e, agora, as que não tiverem para onde ir serão atendidas com a solução provisória, chamada bolsa moradia transitória, até que recebam a solução definitiva, no caso, apartamentos construídos pelo programa, bônus-moradia ou indenização.

“Estamos dando todo o suporte para essas famílias, seja um suporte psicológico, um suporte para alimentação, para guarida dessas famílias. É todo um trabalho feito em parceria pelo Governo do Estado do Amazonas e também pela Prefeitura para que nós possamos cuidar e dar um maior amparo possível e tentar diminuir esses danos que foram ocasionados em virtude das fortes chuvas”, reforçou Jivago Castro, diretor-presidente da Suhab.

A UGPE informou que o processo de reassentamento avança na área e muitas famílias já saíram da Comunidade da Sharp. Dessas famílias, 32 vão para o primeiro habitacional do Prosamin+, que vai ser entregue nos próximos dias. Nesta sexta-feira, as famílias participaram de oficinas, onde escolheram seus apartamentos.

Ainda neste ano, todas as famílias que estão na faixa de alagação e que estavam tendo atendimento prioritário, serão reassentadas para que o programa possa realizar, nessas áreas, as obras que incluem sistema de drenagem para evitar novas alagações, sistema de esgotamento sanitário e a construção de unidades habitacionais.

Serviços às famílias atingidas 

A Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) está oferecendo, na Escola Estadual Nathália Uchôa, localizada no bairro Japiim, Zona Sul, e na Escola Municipal Aristóteles Comte de Alencar, no bairro São José, Zona Leste, serviço de emissão de documentos para que as vítimas possam ter acesso aos auxílios. Profissionais capacitados, como assistentes sociais e psicólogos, também foram disponibilizados. 

“A importância desse atendimento é fazer o acolhimento dessas famílias que tiveram perdas. Nós temos uma equipe de psicólogos e assistentes sociais que vão levar as pessoas para uma sala e fazer o que chamamos de escuta qualificada. Nesse momento, precisamos mesmo acolher essas famílias”, disse a secretária executiva da Sejusc, Anne Alves.

A Secretaria de Assistência Social (Seas) está responsável pela organização dos espaços, disponibilizando também profissionais para atendimento psicológico.

A Defesa Civil do Amazonas doou 47 colchões e kits com travesseiros e fronhas para as famílias da Manaus 2000. Parte foi entregue para os acolhidos, nos abrigos, e outra para as famílias que perderam itens pessoais. A Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) também doou 200 colchões aos desabrigados da Comunidade da Sharp.

Casas arrastadas

Na Comunidade Manaus 2000, quatro casas foram arrastadas pela forte correnteza do igarapé do 40.

Três crianças e três adultos ficaram feridos após um barranco desabar sobre residências na rua Projetada, bairro Armando Mendes, Zona Leste de Manaus. Três crianças ficaram soterradas e foram socorridas pelos vizinhos. Pelo menos mais quatro residências estão condenadas pela Defesa Civil. Duas casas ficaram completamente destruídas e outras duas foram parcialmente afetadas.

(*) Com informações da assessoria
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