Governo do Distrito Federal diz que vai responsabilizar bolsonaristas por vandalismo

Ônibus é incendiado durante atos de violência promovidos por militantes bolsonaristas em Brasília (Pedro Ladeira/Folhapress)
Da Revista Cenarium*

BRASÍLIA – O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, negou na noite dessa segunda-feira, 12, que tenha havido falhas das forças de segurança para conter a ação dos bolsonaristas.

Disse que os autores dos atos de violências foram rapidamente reprimidos pela polícia, que teria chegado logo após o início das ações.

Júlio Danilo ainda acrescentou que agora será feito um trabalho de identificação dos participantes nos atos de vandalismo e que todas as pessoas que vierem a ser identificadas serão responsabilizadas.

PUBLICIDADE
Foto mostra um ônibus em chamas durante a noite, um dos muitos veículos que foram queimados por militantes bolsonaristas na noite desta segunda-feira (12)
Ônibus é incendiado durante atos de violência promovidos por militantes bolsonaristas em Brasília (Pedro Ladeira/Folhapress)

O secretário foi questionado por jornalistas sobre a manutenção dos acampamentos bolsonaristas, onde estão muitos dos militantes que promoveram os atos de vandalismo e cujos integrantes pregam ações antidemocráticas. Júlio Danilo disse que eles serão “reavaliados“.

A questão da manutenção ou não do acampamento, essa é uma questão que vai ser reavaliada. Como eu disse, o acampamento se encontra em uma área militar, tem sido feito ali o controle dentro daquilo que cabe ao governo federal. A gente tem mantido a questão da segurança da área da circunscrição, o controle do trânsito, o controle da venda de ambulantes“, afirmou.

Agora se for realmente verificado, como eu disse, quem esteja envolvido em atos de vandalismo, tenha cometido crime hoje, será responsabilizado, onde esteja, se esteja no acampamento, se seja morador daqui, residente em Brasília, essas pessoas serão alcançadas“, completou o secretário.

Bolsonaristas tentam invadir PF e vandalizam Brasília após prisão e em dia de diplomação de Lula
Bolsonaristas tentam invadir PF e vandalizam Brasília após prisão e em dia de diplomação de Lula (Ueslei Marcelino/Reuters) 

As cenas de violência ocorreram após um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) ir à sede da Polícia Federal protestar contra a prisão de José Acácio Serere Xavante, apontado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) como um dos integrantes dos atos antidemocráticos na capital federal.

A PF cumpriu o mandado de prisão temporária contra José Acácio e o conduziu até a sede da corporação, na Asa Norte. A decisão é do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

José Acácio participou, entre outros atos, de um em frente ao hotel onde Lula está hospedado durante a transição. O local teve a segurança reforçada após o confronto dos bolsonaristas com a polícia começar.

Por volta de 20h30, com a presença do líder indígena preso no prédio da PF, apoiadores de Bolsonaro tentaram invadir o local.

Após serem repelidos pela polícia, os manifestantes foram para outras vias da cidade e atearam fogo em ônibus e em carros. Eles ainda depredaram postes de iluminação e tentaram derrubar um ônibus de um viaduto.

Vestidos com camisas amarelas e bandeiras do Brasil, os bolsonaristas também quebraram veículos que estavam estacionados próximos ao prédio da PF.

Policiais que estavam no local reagiram e houve tumulto. Bolsonaristas arremessaram pedras; e bombas de efeito moral foram jogadas para tentar conter a depredação.

Bolsonaristas queimam carros e ônibus em Brasília após prisão de manifestante no dia da diplomação de Lula pelo TSE
Bolsonaristas queimam carros e ônibus em Brasília após prisão de manifestante no dia da diplomação de Lula pelo TSE (Pedro Ladeira/Folhapress)

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.