João Felipe Serrão – Da Revista Cenarium Amazônia
MANAUS (AM) – Nesta sexta-feira, 17, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, anunciou a liberação de mais de R$ 176 milhões para ações de combate à fome e pobreza no Amazonas. Deste montante, R$ 12 milhões serão investidos, especificamente, nas comunidades indígenas, por meio de entidades e associações.
Dias também destacou o adiantamento do pagamento do Bolsa Família no Amazonas para esta sexta-feira, devido à estiagem. Mais de 620 mil famílias em 55 municípios do Estado receberão o benefício.
“Vamos tirar o Brasil do mapa da fome e vamos olhar de modo especial para o Amazonas. Na Amazônia, é importante a floresta, sim, mas a nossa compreensão é que dentro da floresta nós temos que cuidar do povo que vive na floresta“, destacou o ministro.
A solenidade foi realizada no Centro de Convenções Vasco Vasques, Zona Centro-Sul de Manaus, e contou com a presença do governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), Roberto Cidade (União Brasil), dentre outros deputados federais e estaduais e empresários.
Wilson Lima destacou as ações já realizadas pelo governo em áreas relacionadas aos programas estratégicos do ministério para o Plano Brasil Sem Fome, como o Auxílio Estadual; a garantia da segurança alimentar com os restaurantes Prato Cheio e a capacitação profissional por meio do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam).
“Todas essas ações são importantes para combater a fome, para que a gente possa dar condições mínimas de sobrevivência para essas pessoas”, afirmou o governador.
O prefeito de Manaus, David Almeida, agradeceu o plano do governo federal que, além de garantir assistência à população mais vulnerável, também auxilia na inserção dos inscritos no Cadastro Único no mercado de trabalho.
“Ministro, gratidão dessa cidade pelas iniciativas do governo federal com relação à assistência social e desenvolvimento regional. Nós estamos muito felizes, porque com a possibilidade da inserção das pessoas no mercado de trabalho, oriundas do Cadastro Único, faz com que a gente possa reduzir a desigualdade social”, enfatizou Almeida.
O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade, aproveitou a ocasião para pedir ao ministro celeridade na pavimentação da BR-319. “A estrada é fundamental para a chegada de insumos e alimentos no interior”, destacou o deputado.
Fome
Os repasses ocorrem dentro do Plano Brasil Sem Fome, que tem como metas tirar o Brasil do Mapa da Fome até 2030, reduzir as taxas totais de pobreza e reduzir a insegurança alimentar e nutricional, especialmente, a insegurança alimentar grave.
O 2° Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar mostra que mais da metade (58,7%) da população brasileira convive com a insegurança alimentar em algum grau – leve, moderado ou grave (fome). O País regrediu para um patamar equivalente ao da década de 1990.
A insegurança alimentar segue como uma questão que atinge as regiões do Brasil de forma desigual. No Norte e Nordeste, os números chegam, respectivamente, a 71,6% e 68% – são índices expressivamente maiores do que a média nacional de 58,7%. A fome fez parte do dia a dia de 25,7% das famílias, na Região Norte, e de 21% na Nordeste. A média nacional é de aproximadamente 15% e, do Sul, de 10%.
Editado por Yana Lima
Revisado por Adriana Gonzaga
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