Internautas cobram Plínio Valério sobre cortes no orçamento da Ufam

Senador Plínio Valério (PSDB-AM) (Divulgação)
Ívina Garcia – Da Revista Cenarium

MANAUS – Omisso aos bloqueios no orçamento da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que anunciou está sem verbas para arcar com contratos de água, luz e terceirizados, o senador Plínio Valério (PSDB) tem sido cobrado pelos internautas para que se posicione sobre o assunto.

O político amazonense também tem recebido críticas quanto à votação contrária a chamada “PEC da Transição”, que garante a continuidade do pagamento do Bolsa Família (Auxílio Brasil). Da Amazônia, somente Plínio (AM) e Marcos Rogério, do PL de Rondônia (RO), votaram contra a medida proposta pelo Governo Lula.

E a história do corte no Ifam e na Ufam? Vai ficar só olhando para querer ser herói da história só a partir de 2023?”, questionou um usuário do Instagram em publicação na rede oficial do senador onde explica porque votou contra a PEC. “Ufam sem recursos porque Bolsonaro tirou dinheiro da Educação”, escreveu outra internauta.

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Críticas feitas por internautas nas redes do senador do Amazonas (Reprodução)

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Segundo Plínio Valério, o Partido dos Trabalhadores (PT) – está pedindo “muito além do necessário”, porque a PEC fura o teto de gastos. A justifica, porém, não tem convencido nem a militância do PSDB Amazonas, que em grupos de mensagens questionou a posição do senador.

Falando sobre o Auxílio Brasil que pouca gente ainda não entendeu o impacto dele nas famílias… A população está muito mais empobrecida, quem viveu a última eleição sabe disso. E ainda tem gente que acha que discutir a PEC é dar ‘dinheiro para gente que não trabalha’”, apontou uma filiada do Diretório Regional.

Mesmo quando a Executiva Nacional do PSDB direcionou o partido como oposição ao presidente Jair Bolsonaro (PL), Valério seguiu defendendo pautas bolsonaristas e consideradas antidemocráticas por atacar as instituições, como a cassação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a Lei 14.197/2021, do Código Penal Brasileiro, é crime “tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o estado democrático de direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais”, com pena de reclusão de quatro a oito anos, além da pena correspondente à violência.

Voto do senador Plínio Valério contrário à PEC da Transição é questionado por militantes do partido no Amazonas (Reprodução)

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Atuação

Plínio Valerio (PSDB) foi eleito, em 2018, numa disputa acirrada com Luís Castro, à época, da Rede, e Eduardo Braga (MDB). Chegou ocupando a primeira vaga e Eduardo Braga ficou com a segunda. Foi empossado, em janeiro de 2019, e de lá para cá pouco apareceu na mídia. Sua atuação no Senado reúne pautas como o “voto impresso”. Outra bandeira foi a CPI das ONGs, para investigar as organizações, seus recursos e atuações.

Das grandes comissões permanentes do Senado, Plínio Valério ocupa apenas cadeira na Comissão de Meio Ambiente. Conforme o Portal do Senado Federal, o parlamentar realizou 33 pronunciamentos, em 2022, 23, em 2021, 36, em 2020, e 76, em 2019. Plínio Valério gastou, dos recursos do Senado, em 2022, R$ 324.625,25. Em 2021, foram R$ 335.710.69. Em 2020, R$ 261.980,95 e, em 2019, R$ 296.932,06, perfazendo um total de R$ 1.219.248,95 em quatro anos de atuação.

PEC da Transição

O Plenário do Senado aprovou – 64 votos favoráveis em cada um dos dois turnos, com 16 contrários no primeiro e 13 no segundo – a PEC 32/2022, que vem sendo chamada de PEC da Transição e garante R$ 145 bilhões fora do teto de gastos nos orçamentos federais dos próximos dois anos. A medida poderá garantir a continuidade do pagamento da Bolsa Família (Auxílio Brasil), no valor de R$ 600 por mês, com uma parcela adicional de R$ 150 para cada criança de até seis anos nas famílias beneficiárias. O texto segue agora para a Câmara dos Deputados.

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