Marcela Leiros – Da Revista Cenarium
MANAUS – Famílias de média e baixa renda tiveram uma média de deflação de 0,16% em bens e serviços no mês de junho, segundo apontou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta sexta-feira, dia 14. Isso significa que esses setores, que atendem essas faixas de renda, ofereceram, no mês passado, redução nos valores dos produtos e serviços ofertados.
Na economia, a deflação é a queda generalizada de preços de produtos e serviços de forma contínua e por um período razoavelmente longo, o oposto da inflação. A única faixa de renda que não teve deflação foi a alta, com elevação na taxa de inflação de 0,10%.
Segundo o Ipea, os dados indicam que o principal alívio financeiro na renda das famílias partiu dos alimentos consumidos em domicílio, com óleos e gorduras apresentando a maior redução, de -5,3%. Hortaliças e frutas também lideraram a redução, com -3,8% e -3,4%, respectivamente.
“Esses produtos contribuíram significativamente para a redução dos índices de inflação no mês, especialmente para as famílias de renda mais baixa, que têm maior peso na cesta de consumo“, explica o instituto.
Veja o ranking:
- Óleos e gorduras (-5,3%);
- Hortaliças (-3,8%);
- Frutas (-3,4%);
- Carnes (-2,1%);
- Cereais (-1,8%)
- Leites e derivados (-1,3%);
- Tubérculos (-0,76%).
O Ipea também apontou desinflação no grupo “transportes”, reflexos de 1,9% da deflação dos combustíveis. O recuo de 1,2% dos preços dos eletroeletrônicos e de 1,6% dos artigos de cama, mesa e banho também atuaram para a redução da inflação para todas as faixas de renda.
Quanto às famílias de renda alta, os reajustes nas tarifas de energia elétrica (1,4%), água e esgoto (1,7%) e condomínio (1,7%) foram os principais pontos de pressão sobre habitação, com a maior contribuição positiva para a inflação em junho.
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