Corrida eleitoral: Moro troca de partido e Doria quase desiste, bagunçando ‘xadrez político’

O governador de São Paulo, João Doria, e o ex-juiz Sergio Moro (Reprodução)
Via Brasília – Da Revista Cenarium

O fechamento da janela partidária, neste 1º de abril, tem todos os ingredientes para bagunçar o “xadrez eleitoral” de 2022. Nesta quinta-feira, 31, fontes de Brasília dão conta de que o pré-candidato Sérgio Moro deve deixar o Podemos e se filiar, no apagar das luzes, ao União Brasil. Moro e seus coordenadores de campanha foram vistos na capital federal, segundo essas fontes, em “conversas” com o União. Uma definição de Moro só após reunião, mas há parlamentares do Podemos garantindo que o ex-juiz deve mesmo deixar a sigla. Há rumores, ainda, de que ele pode optar por uma candidatura ao Senado.

Doria embaralha jogo

A se confirmar a desistência de João Dória deixar o Governo de São Paulo e não concorrer à reeleição, abandonando Rodrigo Garcia à própria sorte, a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes será ainda mais nacionalizada, com Fernando Haddad e Tarcísio de Freitas empunhando o estandarte de seus patronos, Lula e Bolsonaro. No entorno de Garcia, o clima é de revolta. Esses aliados avaliam que Doria joga para implodir o PSDB e vê o gesto do governador como arrogante e totalitário. Entre os tucanos, ainda há a esperança de que a decisão de Doria não seja definitiva.

Lula e Arida

Em mais um movimento “direita volver”, o até o momento líder nas pesquisas, o ex-presidente Lula, colocou o coordenador do seu programa de governo, Aloizio Mercadante para conversar com o economista Pérsio Arida, presidente do Centro de Debates de Políticas Públicas e um dos “pais” do Plano Real. O encontro mostra um PT disposto ao diálogo, no entanto, Arida correu para declarar que não vai colaborar com as propostas dos candidatos. “Converso com vários candidatos e assessores deles. O único com quem não falo é Bolsonaro. Nessas reuniões, comento minhas ideias sobre o Brasil e sobre a economia”, afirmou.

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Braga Netto mais próximo

Já nas hostes bolsonaristas, o até então ministro da Defesa, Walter Braga Netto, escolhido, mas ainda não anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro para ser seu vice na chapa da reeleição, assumirá, na semana que vem, uma assessoria especial no Palácio do Planalto. Braga Netto confirmou sua ida para a assessoria do presidente, onde vai auxiliá-lo até as eleições. O general transformou-se em um dos mais próximos interlocutores do presidente, desde que assumiu a Casa Civil. Terá um cargo DAS 6 e, a princípio, terá uma sala no terceiro andar no Planalto, mesmo andar do gabinete presidencial.

Vida bisbilhotada

Braga Netto deixa nesta quinta-feira, 31, o Ministério da Defesa para cumprir a lei de desincompatibilização e estar disponível para ser o vice de Bolsonaro. Ele só será anunciado na época da convenção partidária, no meio do ano. O presidente não quer anunciar seu nome agora para deixá-lo na chuva até lá, tendo a sua vida “bisbilhotada”. Enquanto isso, estará no Planalto, ao seu lado, à disposição e compondo a equipe para a reeleição.

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