Lideranças indígenas acreditam que marco temporal pode ser rejeitado pelo STF

Mais de seis mil indígenas se reuniram na Praça dos Três Poderes (Dione Torquato/CNS)

Cassandra Castro – Da Cenarium

BRASÍLIA (DF) – Mais de seis mil indígenas estão concentrados na Praça dos Três Poderes, em Brasília, em frente à sede do Supremo Tribunal Federal (STF), para acompanhar a votação da tese do marco temporal (Projeto de Lei nº 490), com previsão para início na tarde desta quarta-feira, 25. O marco é considerado uma ameaça aos povos indígenas de todo o Brasil. Por volta das 15h30, a última delegação chegou à Praça, que virou um palco de danças, rituais e rezas.

À CENARIUM, Francisco Guajajara, da etnia dos Guajajara, do Estado do Maranhão, que está entre os manifestantes em frente ao STF, está otimista em relação à decisão dos ministros e acredita que a tese será rejeitada.

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“Não passa, a tendência dos ministros é seguir o relator. Os ministros de hoje têm outra cabeça, sabem que o marco temporal só deu confusão. O índio não precisa provar nada, estamos aqui bem antes de Pedro Álvares Cabral” , finalizou. O relator do processo é o ministro Edson Fachin.

Desde a noite de domingo, 22, as lideranças estão reunidas na Praça dos Três Poderes e a manifestação chamou atenção, inclusive, da mídia internacional. Na opinião do cacique Caboquinho Potiguar, dos indígenas do litoral Norte da Paraíba, o marco temporal não deve ser aprovado. “Se ele passar, são mais de 8 mil processos. Caso seja aprovado será um grande retrocesso para os povos indígenas”.

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