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Lideranças LGBTQIA+ defendem ‘agenda emergencial’ para o Ministério dos Direitos Humanos
Com a retomada do Ministério dos Direitos Humanos, os movimentos de luta LGBTQIA+ pretendem reconstruir o diálogo para a implementação de políticas públicas (Reprodução/PureBreak)
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04 de janeiro de 2023
Mencius Melo – Da Revista Cenarium
MANAUS – Lideranças ligadas ao movimento LGBTQIA+ defenderam, em entrevista para a REVISTA CENARIUM, uma “agenda emergencial” de ações por parte do Ministério dos Direitos Humanos. A pasta será conduzida pelo filósofo, advogado e ativista dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, empossado nessa terça-feira, 3, em Brasília.
Para Luiz Mott, doutor em antropologia e fundador do Grupo Gay da Bahia, o Governo Lula, por meio do Ministério dos Direitos Humanos, tem que priorizar uma agenda prática e efetiva. “Primeiramente, estudar e propor estratégias para erradicar as mortes violentas contra LGBTQIA+. O Brasil não pode continuar na triste liderança de ser o País que mais mata LGBTQIA+, no mundo, um campeão de assassinatos“, criticou.
O antropólogo acredita que é preciso compor grupos de trabalho para desenvolver essas urgências. “É preciso criar grupos ou comissões para estudar a situação, quais as tendências e características dos crimes contra LGBTQIA+ e propor medidas eficazes no sentido de reverter a triste marca de termos um LGBTQIA+ assassinado por dia, no Brasil”, propôs.
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Educação
Além do estudo, Mott também propõe: “É preciso incluir, nas pautas de educação de base e em todos os níveis escolares, informações a respeito de sexualidade, orientação sexual e gênero para que as nossas crianças e jovens aprendam, desde cedo, a respeitar a diversidade. Inclua-se, também, diálogos com o Ministério da Educação para erradicar o machismo, a misoginia e a homofobia por meio da educação“, destacou.
Ele afirma, ainda, a necessidade de campanhas de combate às drogas e DST´s. “Temos que ter propostas imediatas na área da saúde no combate às DSTs/Aids para os jovens gays, que são os mais afetados, mais que os usuários de drogas e as prostitutas. E, finalmente, ter uma política de segura na área onde gays e travestis se concentram, principalmente, nas grandes cidades. Isso é necessário para evitar o bullying, a extorsão e os assaltos”, observou.
A presidente da Associação deTravestis Transexuais e Transgêneros do Amazonas (Assotram), Joyce Gomes, defende que é preciso refundar o diálogo com os movimentos e instituições LGBTQIA+ de todo o País. “Dentre as principais medidas, o chamamento dos movimentos e instituições para a criação do plano nacional de política LGBTQIA+”, afirmou a líder.
Segundo Joyce, é preciso também que se estabeleçam o retorno de mecanismos já existentes, mas que precisam ser modernizados. “É necessário o retorno do conselho nacional e a consequente volta das conferências. De qualquer forma, já eram medidas adotadas pelo governo, mas que precisamos evoluir, precisamos urgente da criminalização, de uma lei específica, porque, hoje, o que temos são normas e portarias de equiparação e que não são efetivas”, finalizou.
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