Ministro Alexandre de Moraes se reúne com chefes da Polícia Civil de todo o Brasil para debater segurança nas eleições

Presidente do TSE falou com delegados que integram o Conselho Nacional de Chefes de Polícia Civil (Rosinei Coutinho/STF/Reprodução)
Com informações da Infoglobo

BRASÍLIA – O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, se reuniu nesta terça-feira com delegados que integram o Conselho Nacional de Chefes de Polícia Civil. Na pauta, a segurança durante as eleições, tema que tem gerado preocupação dentro da Corte.

O GLOBO apurou que os delegados da Polícia Civil apresentaram propostas a Moraes e foram convidados a integrar o núcleo de inteligência na presidência do TSE, órgão que vai analisar informações produzidas pelas forças policiais de todo o País relacionadas à segurança das eleições.

Um estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado no ano passado, mostrou um aumento nas interações de integrantes das Forças de Segurança com redes de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

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Em agosto, Moraes já havia recebido comandantes das polícias militares para discutir o assunto. Participaram 23 comandantes e quatro representantes das polícias militares dos Estados, além de outros ministros do TSE, Ricardo Lewandowski, Benedito Gonçalves, Mauro Campbell, e do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.

A instalação do núcleo de inteligência na presidência do TSE, com seis integrantes, tem três indicados pela Corte e três pelo Conselho Nacional de Comandantes Gerais (CNCG) e foi acertada nesta reunião de agosto.

Segundo a ata da reunião, os ministros e os comandantes da PM também conversaram sobre a segurança dos mesários e sobre eventual restrição ao porte de armas no dia da eleição, além da fiscalização quanto à impossibilidade de usar o celular na hora de votar.

Na última terça-feira, a coligação “Brasil da Esperança”, que tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato, protocolou no TSE um pedido de providências sobre o crescente cenário de intolerância e violência política no Brasil.

Em um documento com mais de 200 páginas, a campanha pede a criação de um canal direto, no site do TSE, para denúncias de violência política e a adoção de outras providências de prevenção para garantir a paz durante o período eleitoral.

No documento, a equipe jurídica que representa a coligação cita diversos episódios ocorridos, recentemente, envolvendo violência política, como o assassinato de um petista por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro, em Mato Grosso, ou o deboche de um bolsonarista ao negar marmita a uma eleitora de Lula.

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