Motoristas de aplicativos prometem paralisar atividades nesta segunda-feira

Motoristas de aplicativo prometem paralisar atividades. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Da Revista Cenarium*

SÃO PAULO – Motoristas que trabalham por meio de aplicativos como Uber e 99 prometem parar na segunda-feira, 15, para pressionar as empresas a aumentarem os repasses e valores mínimos por corrida.

A convocação para que os aplicativos fiquem desligados tem sido feita há alguns dias em grupos de mensagens e por influenciadores, motoristas que mantêm canais no Youtube onde divulgam suas rotinas e falam do dia a dia ao volante.

Nesse domingo, 14, Daniel Piccinato, dono do canal Uber 24 Horas, postou um vídeo no YouTube convocando motoristas para a paralisação. Segundo o influencer, haverá uma carreata nesta segunda. A concentração está marcada para as 11h na praça Charles Miller, no Pacaembu.

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Pelo Facebook, a Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp) também reforçou o pedido. “Esta é uma oportunidade para você se juntar a outros motoristas para exigir melhores condições de trabalho e maior respeito pelos seus direitos.”

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Passageiros aguardam carros de aplicativos no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. (Diego Padgurschi-13.jun.18/Folhapress)

Eduardo Lima, presidente da Amasp, diz que o movimento quer mostrar às empresas donas do aplicativos que “sem motorista não tem empresa”.

Ele afirma que os aplicativos aceitam conversar sobre as condições de trabalho e mesmo melhorias nas operações, mas que quando o assunto é o valor das corridas, a negociação não avança.

“Sempre que nós pedíamos reunião, elas atendiam rapidamente, mas sempre diziam que se aumentar a tarifa, cai a demanda”, diz o presidente da Amasp.

A entidade não consegue projetar quantos deverão aderir ao dia de aplicativos inativos. Se a mobilização tiver sucesso e um número considerável decidir parar na segunda, um dos efeitos perceptíveis será o valor das corridas e o tempo para localizar um motorista disponível.

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As empresas foram procuradas, mas não comentaram.

A principal queixa dos motoristas, segundo Lima, é que a taxa de retenção aplicada pelas companhias é variável. Ou seja, o percentual que elas cobram do condutor por cada corrida muda.

Daniel Piccinato, do canal Uber 24 horas, diz, no vídeo em que convoca os motoristas a pararem no dia 15, que há corridas valendo R$ 5 e casos em que deslocamentos de mesmo valor rendem ganhos diferentes aos condutores devido à aplicação da tarifa variável.

Lima, da associação em São Paulo, diz que os maiores aplicativos costumavam cobrar percentuais fixos sobre as corridas, que ficavam entre 19% e 25% de cada corrida.

(*) Com informações da Folhapress

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