Da Revista Cenarium*
BRASÍLIA – Alvo de operação da Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse na manhã desta quarta-feira, 3, que não tomou a vacina contra a Covid-19, assim como sua filha, Laura Bolsonaro, e que não houve adulteração no seu cartão.
“Não tomei a vacina. Nunca me foi pedido cartão de vacina [para entrar nos EUA]. Não existe adulteração da minha parte. Não tomei a vacina, ponto final. Nunca neguei isso. Havia gente que me pressionava para tomar, natural. Mas não tomava, porque li a bula da Pfizer”, disse o ex-chefe do Executivo.
Sem provas, Bolsonaro foi crítico da vacinação contra o coronavírus e sempre diz não ter se imunizado. Agora, a PF apura se houve adulteração no seu cartão do SUS e de sua filha.
O ex-chefe do Executivo contou ainda que teve o seu celular apreendido por agentes da polícia e que o aparelho não tem senha.
De acordo com o advogado Marcelo Bessa, que acompanhava o presidente, o aparelho da ex-primeira dama Michelle não foi apreendido. Ela foi vacinada em 2021, quando viajou para os Estados Unidos.
Bolsonaro disse que não se vacinou e que, se isso tivesse sido demandado quando ele viajou para a Flórida antes do término do seu mandato, teria sido noticiado.
“Que bom [seria] se estivéssemos num país democrático, onde se pudesse discutir todas as coisas. Até assuntos que é proibido falar no Brasil. Um deles é vacina”, afirmou Bolsonaro, antes de entrar no carro e partir.
Bessa, por sua vez, disse não ter maiores informações sobre o inquérito, que corre sob sigilo. Mas classificou a operação com arbitrária e precipitada.
As declarações foram dadas a jornalistas na porta de sua casa num condomínio de alto padrão em Brasília.
(*) Com informações da Folhapress
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