No AM, fundação obtém patente de projeto tecnológico que garante acessibilidade a PcDs

O sistema permite que Pessoas com Deficiências (PcDs) motoras graves dos membros superiores tenham mais autonomia para realizar atividades cotidianas (Divulgação/FPFTech)
Da Revista Cenarium*

MANAUS – O Centro de Tecnologia e Inovação (FPFtech) obteve do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), em março, a patente do projeto de tecnologia assistiva ActiveIris. O sistema permite que pessoas com deficiências motoras graves dos membros superiores tenham mais autonomia para realizar atividades cotidianas, como utilizar o computador e interagir no ambiente.

Segundo o Inpi, a patente é um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade concedido pelo Estado aos inventores, ou empresas detentoras dos direitos sobre a criação. Com isso, somente o detentor pode produzir, usar, vender ou importar produto objeto de sua patente.

O ActiveIris é um software instalado no computador ou notebook que processa as imagens do rosto do usuário capturadas pela webcam (Divulgação/FPFTech)

O gerente de projetos da FPFtech, Rogério Caetano, explicou que o ActiveIris é uma suíte de acessibilidade que, por meio de uma webcam, comum em um computador ou notebook, capta os movimentos do rosto do usuário para integrar diversas funcionalidades, como acesso a redes sociais, celular e navegação na internet, além de permitir comandos para ativar eletroeletrônicos dentro de casa, como televisão, ventiladores e ar-condicionado.

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“O ActiveIris é o aperfeiçoamento de um projeto mais antigo, conhecido como Mouse Ocular, só que menos intrusivo. As pesquisas começaram em 2010 e a patente foi solicitada em 2014, ou seja, há quase 10 anos. Esse processo é muito demorado, no Brasil, e durante esse tempo, a tecnologia já avançou, então, iremos fazer uma nova avaliação de melhoria do projeto”, contou.

O projeto contou com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública brasileira de fomento à ciência, tecnologia e inovação, e a pesquisa e desenvolvimento gerou, pelo menos, duas publicações: uma em relação à movimentação dos olhos e outra sobre o teclado desenvolvido que otimizava a criação de textos.

Como funciona

O ActiveIris é um software instalado no computador ou notebook que processa as imagens do rosto do usuário capturadas pela webcam, como movimentação da cabeça, piscar de olhos e abertura de boca, e transforma em cliques do cursor do mouse na tela.

A utilização dessa tecnologia possibilita a melhoria da qualidade de vida de Pessoas com Deficiências PcDs) físicas nos membros superiores, paralisia e até Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), dando a elas mais autonomia e inclusão social.

“Com o uso do ActiveIris, os usuários podem, por exemplo, voltar a estudar, interagir com outras pessoas, por meio do computador, com o ambiente ao seu redor e, até mesmo, melhorar a autoestima, por permitir essa autonomia”, finalizou o gerente de projetos da FPFtech, Rogério Caetano.

(*) Com informações da assessoria
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