No interior do Pará, pai usa filha de 9 anos como ‘pagamento’ por drogas

O caso aconteceu no mês de dezembro de 2022 (Reprodução/Internet)
Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium

MANAUS – Um homem identificado como Thiago Souza da Cruz foi preso após trocar a filha, de 9 anos, por drogas em um ponto de vendas de entorpecentes, popularmente, conhecido como “boca de fumo” em Igarapé-Açú, município situado no Nordeste do Estado do Pará. A criança foi “penhorada” pela quantia de R$ 100, segundo o site O Liberal.

O caso aconteceu no mês de dezembro de 2022 e, de acordo com informações publicadas pelo jornal local, a situação foi denunciada ao Conselho Tutelar do munícipio, que acionou a Polícia Civil. Segundo relatos do denunciante, a menina foi deixada no ponto de drogas localizado no bairro Águas Limpas.

Ainda conforme a matéria publicada pelo Liberal, o Conselho Tutelar de Igarapé-Açu alegou que a criança foi “vítima de atos libidinosos”. Conforme nota divulgada pela Polícia Civil da região, Thiago foi preso pelo crime de favorecimento à exploração sexual de vulnerável. O caso será conduzido em sigilo.

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A criança foi ‘penhorada’ pela quantia de R$ 100, segundo o site O Liberal (Reprodução/Pixabay)

“O caso ocorreu no dia 9 de dezembro. As investigações apontaram que o indivíduo havia deixado uma criança de 9 anos em um ponto de venda de drogas em troca de dinheiro. O inquérito instaurado para apurar o caso corre sob sigilo, a fim de coletar informações sobre o ocorrido e identificar outras pessoas envolvidas no crime”, informou a nota.

A REVISTA CENARIUM questionou a Polícia Civil do Pará sobre mais detalhes do caso, e aguarda resposta.

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Denúncia e combate

Até setembro de 2021, a Polícia Federal (PF) cumpriu, pelo menos, seis mandados de busca e apreensão, com a “Operação Caipora”, no Pará, para combater o abuso e a exploração sexual infantil. A ação teve início no Núcleo de Repressão aos Crimes de Ódio e Pornografia infantil da PF (Nurcop), em Brasília (DF), e logo depois foi conduzida e operacionalizada pelo Grupo de Repressão a Crimes Cibernéticos (GRCC), da Superintendência da Polícia Federal no Estado do Pará.

À época, as buscas e apreensões aconteceram nas cidades de Ananindeua, Belém, Baião, Moju e Vigia. Houve, ainda, o resgate de quatro vítimas vulneráveis de abuso sexual infantil.

Denúncias sobre violência (sexual, física, psicológica e moral), prostituição infantil, abandono de incapaz, dentre outras violações, podem ser denunciadas ao Conselho Tutelar, em delegacias especializadas no atendimento e proteção a crianças e adolescentes existentes em cada cidade. Os números, Disque 100 (nacional) ou 181 (estadual), também são uma opção aos que desejam denunciar de forma anônima.

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