Perícia confirma que corpo encontrado era de artista venezuelana

A artista venezulana Julieta Hernández (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
João Felipe Serrão – Da Revista Cenarium Amazônia

MANAUS (AM) – O Departamento de Polícia Técnico-Científica da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) identificou como sendo da artista e cicloviajante venezuelana Julieta Inés Hernández Martínez o corpo encontrado na noite de sexta-feira, 5, em uma área de mata, no município de Presidente Figueiredo.

A identificação foi realizada por meio do procedimento de necropapiloscopia — identificação post mortem por meio de impressões digitais —, realizado pelo Instituto de Identificação do Aderson Conceição de Melo (IIACM), com apoio da equipe técnica do Instituto Médico Legal do Amazonas (IML).

Corpo da artista e cicloviajante foi encontrado em área de mata (Reprodução/37ª DIP)

O casal suspeito de ter cometido o assassinato segue preso. Identificados pela Polícia Civil (PC) como Thiago Agles da Silva, 32, e Deliomara dos Anjos Santos, 29, a dupla confessou o crime, mas com versões divergentes.

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Mesmo com diferenças no depoimento dos suspeitos, ambos confirmaram que Julieta Inés Hernández teve o corpo queimado, foi estuprada e enterrada em uma cova rasa.

Leia também: Viajante teve corpo queimado e foi estuprada antes de ser morta, diz polícia
Julieta Hernández tinha como destino seu País de origem. (Reprodução/Redes Sociais)
Repercussão

O crime tem causado revolta a nível nacional. Nas redes sociais, diversos artistas se manifestaram e pediram por justiça. A Fundação Nacional de Artes (Funarte), vinculada ao governo federal, emitiu uma nota no sábado, 6, lamentando a morte da artista.

O órgão informou que acompanha, junto ao Governo do Amazonas, o desdobramento das investigações e o apoio necessário à família, colegas e companheiras de ofício e amigos de Julieta.

“É com tristeza e indignação que recebemos a notícia da morte da bonequeira, palhaça, artista e cicloviajante, Julieta Hernández. Com toda alegria e irreverência, Julieta viajava com sua arte conduzindo crianças e adultos ao mundo circense e por isso, sempre será lembrada. Inquieta em relação à desigualdade de gênero, sua busca por equidade é uma inspiração pra todas nós”, afirmou a presidente da Fundação Nacional de Artes, Maria Marighella.

Julieta percorria o Brasil como cicloviajante (Reprodução/Redes Sociais)

Com 37 anos de vida, Julieta pedalava por diversos estados do País compartilhando a sua arte e levando a alegria da palhaça Jujuba. No Brasil desde 2015, a artista integrava o grupo de cicloviajantes “Pé Vermei”.

A artista viajava do Rio de Janeiro até a Venezuela, seu país natal, de bicicleta, quando desapareceu no dia 23 de dezembro em Presidente Figueiredo. A polícia investiga a causa da morte como feminicídio.

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