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Pescado ilegal, carne de macaco, tatu e jacaré são apreendidos em operação no Vale do Javari
Ibama apreendeu carne de macaco, jacaré e tatu (Foto: Divulgação/Ibama)
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28 de dezembro de 2023
João Felipe Serrão – Da Revista Cenarium Amazônia*
MANAUS (AM) – A Operação Wahanararai, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na Terra Indígena do Vale do Javari, no interior do Amazonas, resultou na apreensão de 1,3 mil quilos de pescado ilegal. Os fiscais encontraram também carne de macaco, tatu e jacaré, que seriam vendidas em feira da cidade de Tabatinga, a 1.108 quilômetros de Manaus.
A ação foi realizada durante o mês de dezembro e os resultados foram divulgados nesta quinta-feira, 28, pelo Ibama. A ação teve sua primeira ação no ano passado, após reclamações de entidades que apontavam os riscos e danos da pesca predatória na região.
Foram aplicados 24 autos de infração que somaram R$ 351.480 em multa, além de nove infratores autuados e conduzidos à Polícia Federal (PF).
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Ação conjunta
A operação ocorreu em conjunto com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). A atuação se deu nas regiões dos rios Javari, Curuçá e Itacoaí.
Dezenas de embarcações foram abordadas e fiscalizadas quanto à presença de pescado ilegal (pirarucu, pacu, surubim e tambaqui) e produtos de pesca e caça.
A operação contou com o apoio do 8º Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro e da Polícia Federal de Tabatinga.
Vale do Javari
O Vale do Javari é a segunda maior terra indígena do país e a que possui o maior número de povos que ainda vivem isolados.
A Operação Wahanararai leva o nome de um canto indígena do povo Kanamari, que ganhou o mundo após a viralização de um vídeo que registrava Bruno Pereira entoando a canção.
O Ibama informou que as operações de fiscalização nas terras indígenas contra a exploração ilegal de pesca, minérios ou outros crimes contra o meio ambiente e o bem-estar, continuarão.
“Nós temos dado atenção ao Vale do Javari no Amazonas. Como forma de manter a presença do Ibama na região e como resposta a toda violência que já houve ali”, afirmou o superintendente do Ibama no Amazonas, Joel Araújo.
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