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PF investiga desvio de verbas do transporte escolar, no interior do Pará; rombo beira R$ 23 milhões
O dinheiro desviado saía do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e o rombo beira R$ 23 milhões (Polícia Federal/Reprodução)
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15 de setembro de 2022
Iury Lima – Da Revista Cenarium
VILHENA (RO) – Um esquema de desvio de verbas públicas destinadas para garantir o transporte escolar no município de Xinguara, no interior do Pará, está sendo investigado pela Polícia Federal. Os agentes apreenderam, nesta quinta-feira, 15, dispositivos eletrônicos, documentos e veículos ligados a uma associação criminosa que atuava fraudando licitações para beneficiar uma empresa.
O dinheiro desviado saía do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O rombo beira R$ 23 milhões.
A operação recebeu o nome de ‘Nexus’, devido a ligações com outros crimes semelhantes também investigados pela PF no Estado, de acordo com o Delegado Luis Fernando Ribeiro. Além de Xinguara, distante quase 800 quilômetros de Belém, a Justiça expediu mandados de busca e apreensão em outros dois municípios: São Félix do Xingu e Água Azul do Norte.
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Denúncia antiga
“Os contratos datam dos anos de 2013 a 2015”, explica Ribeiro. A Polícia também informou, por meio de nota, que a investigação apontou o favorecimento para uma empresa, que não teve razão social revelada devido ao curso das apurações.
As transações suspeitas foram comprovadas depois da quebra de sigilo bancário da empresa favorecida. “Além disso, uma nota técnica da Controladoria Geral da União concluiu por indícios de fraude e direcionamento da licitação para essa empresa”, destacou a PF.
O dinheiro deveria garantir não só a permanência do transporte escolar, mas também o fornecimento de veículos para a prefeitura. O delegado falou ainda sobre a morosidade para seguir com os trabalhos investigativos, uma vez que a denúncia foi feita em 2017, por um ex-político. Ele atribui a demora para o cumprimento de medidas à “dificuldade da investigação de tais crimes”.
Se condenados, os investigados podem ficar presos por até sete anos, além de pagar multas.
Sem comentários
Com pouco mais de 45 mil habitantes, segundo as contas do Instituto Basileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Xinguara tem, pelo menos, 28 escolas municipais que vão desde a Educação infantil à Educação de Jovens e Adultos (Eja).
A Reportagem da REVISTA CENARIUM tentou contato com a prefeitura, por telefone, para comentar o caso, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.
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