Planalto trabalha para blindar Ciro Nogueira, ministro mais forte do governo

Para o presidente, mirar em seu ministro mais forte, hoje, é uma maneira de tentar enfraquecê-lo (Arte: Isabelle Chaves/CENARIUM)
Via Brasília – Da Revista Cenarium

Mesmo com novas movimentações da oposição tentando atingir o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, o presidente Jair Bolsonaro deixou claro a interlocutores que vai seguir ignorando os ataques. “Fingir-se de morto”, toda vez que surge alguma denúncia que o atinge ou a sua administração, tem sido tática recorrente. Para o presidente, mirar em seu ministro mais forte, hoje, é uma maneira de tentar enfraquecê-lo. Para o Planalto, Ciro demonstrou a força e o seu poder de articulação política, no fim de semana, ao conseguir reverter as assinaturas para a CPI do MEC que, obviamente, iria atingi-lo também.

Estrategista de campanha

Ciro é considerado um político experiente e vai conseguir se desvencilhar dos tiros que ainda serão desferidos, ao longo da campanha, não só nele, mas também ao resto do governo. Bolsonaro precisa dele ao seu lado, inclusive, para preparar as estratégias de campanha. Na verdade, revelam políticos próximos ao presidente, a montagem da estratégia sequer está sendo preparada ou estudada porque as coisas com Bolsonaro funcionam mesmo é no improviso. O foco, agora, é continuar se desvencilhando dos petardos que têm surgido no dia a dia, como desmontar a CPI do MEC, e o que surgir nos próximos meses.

Fake News bolsonarista

A máquina de fake news bolsonarista está espalhando, na internet, três versões de uma mesma mentira. Uma delas dá conta de que Fernando Haddad, que passou mais de um ano articulando a chapa Lula-Alckmin, abriu uma cisão no PT para se colocar como opção a Lula, que deve desistir. Outra, diz que “Bolsonaro entra e sai de hospitais desde a facada, em 2018, mas quem está doente e, por isso, vai abandonar a candidatura é Lula”. E, por fim, apesar da ampla vantagem nas pesquisas, Lula vai sair da disputa por medo de perder para Bolsonaro. Segundo o PT, o objetivo é claro: plantar a dúvida e confundir o eleitorado sobre a candidatura de Lula, que segue firme e forte na corrida presidencial.

PUBLICIDADE

Moro no Senado

O ex-juiz Sergio Moro não quer disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, mas não descarta concorrer ao Senado pelo União Brasil, já haviam informado fontes ouvidas pela coluna Via Brasília. A expectativa é que o partido indique o presidente da legenda, Luciano Bivar, candidato à República. A leitura é de que o nome de Bivar será apenas uma forma de o União Brasil negociar seu espaço na anunciada coligação com PSDB, MDB e Cidadania. Ainda que fora da chapa, Sergio Moro quer estar no palanque da chamada terceira via e, para isso, tem puxado a carta de seu patrimônio eleitoral, conferido pelas pesquisas de intenção de voto.

Observadores internacionais

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está preparando uma espécie de blitz de observadores internacionais para as eleições deste ano. Em 2018 e 2020 somente a OEA acompanhou os pleitos. Desta vez, além da Organização dos Estados Americanos (OEA), a Corte Eleitoral está em conversas com o Carter Center, ParlaSul, três outras entidades internacionais, e a União Europeia. Oficialmente, o TSE diz que busca sugestões para “aprimorar” as rotinas das eleições. Na prática, a ideia do TSE é garantir o máximo de atestados de lisura à eleição que já foi chamada de fraudada antes mesmo de acontecer.

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.