Polícia prende ‘Bibi Perigosa’ por suspeita de liderar facção no RN

O apelido "Bibi Perigosa" é o mesmo usado pela produtora de cinema Fabiana Escobar, ex-primeira-dama do tráfico da Rocinha. (Reprodução)
Da Revista Cenarium*

SÃO PAULO – O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), anunciou na noite desse domingo, 2, a prisão de uma mulher que seria chefe de uma facção criminosa no Rio Grande do Norte responsável pelos ataques que ocorreram no Estado mês passado. Andreza Cristina Lima Leitão, 31, conhecida como “Andreza Patroa” ou “Bibi Perigosa”, foi presa por policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) em Campo Grande, zona oeste do Rio.

‘Bibi Perigosa’, apontada como articuladora dos ataques no RN, é presa no Rio. (Reprodução)

Por meio de um trabalho de inteligência e monitoramento, segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, a mulher foi capturada depois que saiu do Complexo da Penha, na Zona Norte, onde estava escondida. Havia um mandado de prisão contra ela.

Policial em rua em Natal (RN) no dia 16 de março, durante a onda de violência no estado – Alessandro Imperial – 16.mar.23/AFP

Ela é considerada uma das maiores traficantes e acumula vários processos na Justiça potiguar por tráfico de drogas, organização criminosa e pelos ataques do mês passado“, disse Castro.

PUBLICIDADE

Segundo as investigações, a criminosa se escondeu em comunidades fluminenses dominadas pelo Comando Vermelho depois dos ataques terroristas promovidos no Rio Grande do Norte.

O apelido “Bibi Perigosa” é o mesmo usado pela produtora de cinema Fabiana Escobar, ex-primeira-dama do tráfico da Rocinha que inspirou Glória Perez a criar a personagem protagonista da novela “A Força do Querer”, exibida pela TV Globo em 2017.

Ao falar sobre a prisão, o governador disse que não vai permitir que criminosos de outros Estados se escondam no Rio e parabenizou os policiais civis, chamados por ele de guerreiros.

Segundo Castro, a prisão da mulher ocorreu após um trabalho de inteligência realizado pela Polícia Civil.

A mulher assumiu o comando da facção após a morte do seu companheiro, em setembro de 2016, de acordo com a DRE.

No dia 22 de março, uma operação deflagrada por forças de segurança no Rio Grande do Norte prendeu 15 suspeitos de integrarem o Sindicato do Crime, grupo criminoso apontado como organizador dos ataques no estado.

Leia também: ‘Golpe do amor’: polícia alerta sobre estelionato sentimental que ocorre na internet
Leia também: Ex-ministro da Justiça tentou impedir eleitores de votarem, afirma colunista

Coordenada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte, a operação Sentinela cumpriu 13 mandados de prisão e 26 de busca e apreensão na capital, Natal, e em mais nove cidades. Duas pessoas foram presas em flagrante com armas, drogas, celulares e dinheiro.

Ônibus foi incendiado na comunidade Mãe Luiza, em Natal, na tarde desta terça-feira (14); autoridades suspeitam que ataques sejam coordenados pelo crime organizado como resposta a operações recentes que culminaram na prisão e morte de criminosos e na apreensão de armas e drogas
Ônibus foi incendiado na comunidade Mãe Luiza, em Natal, na tarde de terça-feira, 14; autoridades suspeitam que ataques sejam coordenado José Aldenir/TheNews2/Agência O Globo

A onda de violência levou terror a diversas cidades do estado, alterou a rotina dos moradores e provocou a suspensão de serviços como transporte público, atendimentos de saúde e aulas da rede pública.

Na sexta-feira, 31, a governadora Fátima Bezerra (PT) assinou um termo de acordo técnico com a Polícia Federal para a criação de uma central de cumprimento de prisão

É importante que estejamos integrados, que essa cooperação se mantenha e se aprofunde para que tenhamos bons resultados“, disse.

(*) Com informações da Folhapress

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.